A hora da partida soa quando
escurece o jardim e o vento passa,
estala o chão e as portas batem, quando
a noite cada nó em si deslaça.
A hora da partida soa quando
as árvores parecem inspiradas
como se tudo nelas germinasse.
Soa quando no fundo dos espelhos
me é estranha e longínqua a minha face
e de mim se desprende a minha vida.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Que fado este que a minha vida revela? Que triste sina esta que me acompanha na despedida, na chegada, no prazer, no sofrimento? Sempre triste, funesta, sempre com lágrima, sempre almejando melhor e sendo sempre sentido.
Que fado é este que tenho cá dentro e me faz, me preenche e é aquilo que sou? Que derrota à partida é esta que me faz ganhar quando quero? Que pessimismo é que me vai na alma e me dá aquele grande optimismo do mal menor na maior tragédia sofrida?
Que fado é o meu? Que fado é o nosso?
Mudam-se os ventos mudam-se as vontades, pois então!
Mudemos para tanto o nosso fado, por quão grandes queremos ser, que nunca seremos maiores do que aquilo que quisermos ser.
Se somos bons quando queremos, sejamos então sempre os melhores, porque queremos e somos!
Farto estou de fados tristes e moribundos. Alegre-se a nossa tristeza – riremos das nossas faltas e amarguras.
Apontaremos o indicador a nós próprios, quais jograis e corte na mesma pessoa. Mas olhando nos olhos, sérios, com um sorriso.
Evolução fatídica e optimista. Eis a solução. Para o nosso fado… o meu fado…
Mário L. Soares
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