(montagem de minha autoria a partir de imagens retiradas da internet)
São Martinho soldado do império,
Que atravessas os Alpes na intempérie
Para regressares à tua morada,
Voltas à tua casa ansiada.
Num abraço solidário, de alma santificada,
Cortas com a tua espada, a encarnada,
A rubra capa que te cobre,
Para com meia agasalhar o que te sai ao caminho - o pobre.
Quando tal acontece, tens mesmo ali,
Um milagre de Deus, que é para ti…
O teu Verão aparece e premeia,
A tua acção homenageia.
Outros soldados p’la guerra pereceram,
Séculos depois, por todo lado morreram,
E outros ainda, ficaram magoados,
Com membros e corpos estropiados.
Todos os dias morrem ainda, com ou sem razão,
Deixando para trás, famílias sem pão,
Ou então, bem pior que a morte,
Deus não dá melhor sorte.
A todos esses, que passados ou presentes,
Estão em nossa memória, tal como os seus parentes,
Deixamos a papoila a esvoaçar,
Pois para sempre a Flandres faremos recordar.
Beberemos o vinho, comeremos a castanha,
Brindamos a São Martinho e sua façanha,
Lembraremos os mortos na guerra,
Plantaremos no peito, a papoila da terra.
Mário L. Soares
São Martinho soldado do império,
Que atravessas os Alpes na intempérie
Para regressares à tua morada,
Voltas à tua casa ansiada.
Num abraço solidário, de alma santificada,
Cortas com a tua espada, a encarnada,
A rubra capa que te cobre,
Para com meia agasalhar o que te sai ao caminho - o pobre.
Quando tal acontece, tens mesmo ali,
Um milagre de Deus, que é para ti…
O teu Verão aparece e premeia,
A tua acção homenageia.
Outros soldados p’la guerra pereceram,
Séculos depois, por todo lado morreram,
E outros ainda, ficaram magoados,
Com membros e corpos estropiados.
Todos os dias morrem ainda, com ou sem razão,
Deixando para trás, famílias sem pão,
Ou então, bem pior que a morte,
Deus não dá melhor sorte.
A todos esses, que passados ou presentes,
Estão em nossa memória, tal como os seus parentes,
Deixamos a papoila a esvoaçar,
Pois para sempre a Flandres faremos recordar.
Beberemos o vinho, comeremos a castanha,
Brindamos a São Martinho e sua façanha,
Lembraremos os mortos na guerra,
Plantaremos no peito, a papoila da terra.
Mário L. Soares
Papoila selvagem que andas ao vento,
Beleza ao ar, voas no campo,
És livre de tudo e do tempo,
Formas suave um belo manto.
Não se engane quem pense que és igual
A tantas outras tuas pares,
És única no mundo, és a tal…
E beijar a face do mundo tu sabes.
Simples, esvoaças vermelha e bela,
Drogas quem te toma, com o teu beijo,
Linda a tua cor, és aguarela…
Frágil, num mundo de Sodoma,
Resistes forte ao sol e ao mal,
És rainha e ninguém te doma.
Mário L. Soares
Naquele “pic-nic” de burguesas,
Houve uma coisa simplesmente bela,
E que, sem ter história nem grandezas,
Em todo o caso dava uma aguarela.
Foi quando tu, descendo do burrico,
Foste colher, sem imposturas tolas,
A um granzoal azul de grão de bico
Um ramalhete rubro de papoulas.
Pouco depois, em cima duns penhascos,
Nós acampámos, indo o sol se via;
E houve talhadas de melão, damascos
E pão de ló molhado em malvasia.
Mas, todo púrpuro, a sair da renda
Dos teus dois seios como duas rolas,
Era o supremo encanto da merenda
O ramalhete rubro das papoulas!
Cesário Verde (aguarela por Isabel Magalhães "Papoulas")
Sitios interessantes (ou não)
CDS - Centro Democrático Social
Não asses mais carapaus fritos
PCP - Partido Comunista Português
PSD - Partido Social Democrata
Vida de um Português - grande brother!
Universidade
Motores de Busca
Dicionários e Enciclopédias