Que símbolo fecundo
Vem na aurora ansiosa?
Na Cruz Morta do Mundo
A Vida, que é a Rosa.
Que símbolo divino
Traz o dia já visto?
Na Cruz, que é o Destino,
A Rosa que é o Cristo.
Que símbolo final
Mostra o sol já desperto?
Na Cruz morta e fatal
A Rosa do Encoberto.
Fernando Pessoa
in “A Mensagem”
Que jaz no abismo sob o mar que se ergue?
Nós, Portugal, o poder ser.
Que inquietação do fundo nos soergue?
O desejar poder querer.
Isto, e o mistério de que a noite é o fausto...
Mas súbito, onde o vento ruge,
O relâmpago, farol de Deus, um hausto
Brilha, e o mar ‘scuro ‘struge.
Fernando Pessoa
in Mensagem
Os 5 sentidos na publicidade segundo Mário Persona.
Uma análise do papel dos sentidos na compra (e venda) de produtos e serviços.
Boas técnicas para ver, ouvir e aprender.
Mário L. Soares
(cena "O infante" na peça de teatro "Mensagem" pelo grupo TAL - Teatro Análise de Loulé, em 2008 - Foto de Vasco Célio)
Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quis que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse.
Sagrou-te, e foste desvendando a espuma,
E a orla branca foi de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.
Quem te sagrou criou-te português.
Do mar e nós em ti nos deu sinal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!
Fernando Pessoa em “Mensagem”
(Rochas, da autoria do Bentes)
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Fernando Pessoa, em “Mensagem”
Ligo directo para a caixa de correio só para ouvir a tua voz,
Sei que é cena fora mas todo o dia chega a hora em que
o lado esquerdo chora quando se lembra de nós
A vida corre tranquila, cada vez menos reguila
meto guita de parte e a cabeça não vacila tanto
Para minha alegria e meu espanto
Pode ser que o passado fique por onde deve estar:
No pretérito imperfeito, já que não é mais-que-perfeito,
Este é um presente que eu aceito
Para atingir a tranquilidade
Que supostamente se atinge com a nossa idade
A verdade é que a saudade do que passou
Não é mais que muita...
Mas por muita força que faça ela passa por saber que te vivi...
Tu deste tudo e eu joguei, arrisquei e perdi
Agora,
Muda o teu número, eu mudei o meu,
Muda o teu número, eu mudei o meu,
Muda o teu número, eu mudei o meu,
Muda o teu Mundo, eu mudei o meu.
Cada vez que eu ligo tento deixar mensagem
mas acabo por nunca arranjar a coragem necessária
Gostava apenas de partilhar o quotidiano
habitual
Nada que se compare com as correrias
doutras alturas e doutros abismos
E já que falo por eufemismos
Gostava de dizer que ainda gosto bastante de ti...
A casa tá diferente, parece digna de gente
Dá gosto sentar no sofá com a tv pela frente
Comprei uma máquina de café
Xpto, bem bonita, azul bebé
Ocasionalmente cozinho e bebo o meu vinho
E esqueço o fumo que nos dava aquele quentinho
Hoje em dia é mais à base do ar condicionado
Condicionei a tentação num clima controlado
Quero que saibas que tou bem, sei que tu mais ou menos
Sempre gostaste de brincar em perigosos terrenos
Em relação a isso eu não sei o que fazer
E se calhar é por isso mesmo que acabo por não dizer que
A verdade é que a saudade do que passou
Não é mais que muita...
Mas por muita força que faça ela passa por saber que te vivi...
Tu deste tudo e eu joguei, arrisquei e perdi
Agora,
Muda o teu número, eu mudei o meu,
Muda o teu número, eu mudei o meu,
Muda o teu número, eu mudei o meu,
Muda o teu Mundo, eu mudei o meu.
Da Weasel (Andrade)
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