Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...
Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...
Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri
E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...
Florbela Espanca
(Foto de Katia Chausheva)
Serves-me o fruto,
na mão o tenho de bandeja.
Como-o, desfruto.
Mancha-me o peito,
a vida, o leito.
É vermelho como uma cereja,
rubro como o vinho.
Alvo e cheio como o ovo,
e escorre pela boca
e faz-me sentir mais novo.
Bebo a gosto a tua seiva,
sou conduzido por uma louca,
que me engana o caminho.
Mário L. Soares
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