Quinta-feira, 14 de Janeiro de 2010

Felicidade

 

 

Pela flor pelo vento pelo fogo

Pela estrela da noite tão límpida e serena

Pelo nácar do tempo pelo cipreste agudo

Pelo amor sem ironia – por tudo

Que atentamente esperamos

Reconheci a tua presença incerta

Tua presença fantástica e liberta

 

Sophia de Mello Breyner Andresen

 

publicado por Lagash às 16:13
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Sábado, 1 de Novembro de 2008

O fogo que na branda cera ardia

 

(foto de Nuno Belo - em http://www.nunobelo.com/ )

 

O fogo que na branda cera ardia,

Vendo o rosto gentil que eu na alma vejo,

Se acendeu de outro fogo do desejo,

Por alcançar a luz que vence o dia.

 

Como de dous ardores se incendia,

Da grande impaciência fez despejo,

E, remetendo com furor sobejo,

Vos foi beijar na parte onde se via.

 

Ditosa aquela flama, que se atreve

A apagar seus ardores e tormentos

Na vista de que o mundo tremer deve!

 

Namoram-se, Senhora, os Elementos

De vós, e queima o fogo aquela neve

Que queima corações e pensamentos.

 

Luis Vaz de Camões

 

publicado por Lagash às 16:26
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Quinta-feira, 11 de Setembro de 2008

11 de Setembro

 

 

Pudesse uma só lágrima apagar todo esse fogo

que consome de ódio os negros corações,

que obriga a estar em alertas os olhos cansados,

que provoca a guerra entre as nações.

 

Pudesse todo este fogo ser apenas

a chama de uma vela quente e sensual,

que ilumina o espírito dos sábios

na eterna luta do bem contra o mal.

 

Pudesse ser todo o horror do atentado

apenas uma breve e falsa ilusão,

uma noite encharcada de suores e frio,

nunca um caudal de morte e destruição.

 

Pudesse ser este poema uma alegria,

uma mensagem grandiosa de amor,

pudesse não ter nas suas palavras

a lembrança do ódio e do horror.

 

Pudesse ser este poema o suficiente

para todos podermos agradecer

o esforço dos soldados da paz

que encontram na solidariedade o seu dever.

 

 

Luís Costa Pires

 

publicado por Lagash às 16:17
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Domingo, 10 de Agosto de 2008

Non nobis, Domine, non nobis, sed nomini Tuo da gloriam

 

 

 

 

Nove cavaleiros cavalgaram em passo decidido,

Os nove encontraram o medo perdido,

Agarraram a vida e o conhecimento vivido,

Pela humanidade perdida no mundo esquecido.

 

Imponentes e firmes peregrinos guardaram,

Outros companheiros, mestres tornaram,

Para a Sua gloria e amor glorificaram,

E hoje ainda, os há, quem sabe ficaram?

 

Fortes e ricos eram em vida, o querer,

Na mão tinham, terras, reinos e poder,

Nada tinham no fundo, era apenas o ser,

Riqueza de dentro, amor e prazer.

 

Na morte, p’la cruz, a rosa e a vida,

O sangue derrama na terra pérfida,

Além ascendem com a alma aquecida,

O amor pelo próximo, sempre em cada investida.

 

Com espada de fogo combatem o mal,

Rodopiam pelo ar que provoca a espiral,

De branco tingidos de água e cal,

A terra de sangue em cruz por igual.

 

Mário L. Soares

 

publicado por Lagash às 16:03
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