O nosso amor é verde.
Nós somos verdes.
Verdes,
como são os campos
e as árvores
quando regressa a Primavera.
Verde é tudo quanto é belo.
Tu és verde, meu amor, verde.
Verde!
O nosso amor é verde,
mas não digas a ninguém.
Natália de Andrade
nascem vazias de amarelo
as magnólias que se inclinam
oblíquas a uma terra despovoada
da dimensão da flor
murmuram suas pétalas pelo vento
galopante e assustado fugido dos
desertos que eram florestas
lentas azuis as estrelas estalam
agapantos jacarandás
sangue adormecido dos fenómenos
que os olhos à luz fazem desaparecer
ausentes as asas adormecem
trilhos estilhaçados na terra
onde o longe e a distância
permanecem na tortura
do pensamento
sem etecétera
Ó as searas de flores os
gerânios as açucenas
os corações abertos dos rapazes
aos lilases
perfume de entrega permanente
musculado e frágil advento
de um tempo que há-de partir
mergulhado nos estames das mãos
para se transmutar em beijos
oferecidos às bocas
no chão da terra aturada e escura
as magnólias pálidas sombrias
escorrem mel torturado e morno
onde rapazes deixam o abraço
doce permanente como o pecado
o orvalho da manhã reclama as
magnólias que fecundadas devolvem
à terra o sangue
dos rapazes exaustos cansados
é manhã a terra toda de repente
desmaia atormentada nua e quente
Henrique Levy
Verdes são os campos,
De cor de limão:
Assim são os olhos
Do meu coração.
Campo, que te estendes
Com verdura bela;
Ovelhas, que nela
Vosso pasto tendes,
De ervas vos mantendes
Que traz o Verão,
E eu das lembranças
Do meu coração.
Gados que pasceis
Com contentamento,
Vosso mantimento
Não no entendereis;
Isso que comeis
Não são ervas, não:
São graças dos olhos
Do meu coração.
Luís de Camões
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