São crianças aquelas
Que vês ao fundo
No caminho que velas
Na trilha do mundo
Brilham os olhos
Lágrimas de amor
E abraços aos molhos
Pedaços sem dor
É amor o que vendem
E sonhos escondidos
São as coisas que sentem
São os choros sentidos
E a alegria que aprendem
No coração garantidos
Mário L. Soares
Noite!
Noite rasgando o caminho
Por onde descalça apago
Estrelas no meu destino!
Noite!
Noite de bocas escuras!
Famintas de criaturas
Que sem se verem, e sentirem,
levam o mesmo descaminho.
Natália Correia
O amor tem mais que o nada do mundo
Viver a morte, viver o sofrimento
Viver uma vida sofrida e amargurada…
É a morte lenta e sem sentido.
Temos um prenúncio, um caminho
Saber a senda que nos foi designada
É auguro de poucos, e loucos…
Os olhos vêem mais que o que está à vista.
Vê! Há mais no coração que apenas frio.
Há mais na vida do que a morte!
Vê! Vive o teu dia e avança.
Vê! Há mais no mundo, tem esperança
Há mais na alma que as pedras da vida!
Vê! Ama a vida… e sorri.
Mário L. Soares
O vazio do que está completamente cheio
O corpo que transporta a alma e se mantém estéril
Nada brota de um pântano podre!
Nada é, sem ser o que é… apenas.
Serei apenas o produto das partes?
A soma de tudo o que fui? E o que serei?
Onde entra o amor na equação?
Limpam-se armas em tempo de paz…
Recomeçar é apenas voltar a começar.
Novo fôlego tomo no fim de tudo
E sigo o caminho inicial… com a mesma vontade
E o mesmo querer.
Queira-me Deus consigo no fim
Porque nunca quis mal a ninguém.
Mário L. Soares
Perco tempo que não existe
nos caminhos da escura
vida que cerca a metrópole
do nosso corpo.
Olho para o infinito
sem pensar no que penso
e ali fico até acordar
do sono sem sonho
e da vida sem vida.
Ando pelas ruas amargas
dos pensamentos sem
sentido, e vou com sentido
pelo mesmo trilho.
Chego a qualquer lado
Que não sei o que é…
E apenas sei que é
o destino que encontrei.
Será bom?
Será mau?
Será por bem?
Será para o mal?
Bem será se correr pelo melhor…
Pois claro.
Mário L. Soares
Serei um louco? Um alucinado?
Não tenho mão em mim,
Estarei estragado?
Não sei como me tornei assim…
Troco-me por outro
Sem a mínima garantia,
Sigo, diferente, o troço,
Que a mim estarrecia…
Parto perdido, ao mesmo volto,
Sou o que sou, sem demagogia
Largo a realidade, não fico solto.
Triste e revolto, ando sem norte,
Vou pela estrada e vendo a alma,
Disseminado ao vento, sigo a minha sorte.
Mário L. Soares
Vi-te hoje ao fim de um serão No fundo da rua foste passando, Ias p’lo beco, no fim de uma rua, Caminhas marcando o fim de um verão Na mão tu levas, prolongas o braço, A outra que agarras para abraçar, Este mundo e o outro, não queres largar, Meu coração pegas e fazes um laço, Amo o que tens na tua viagem, Rasgo a roupa dos tempos antigos, E sigo o caminho dos dias perdidos, Pego na vida e encarno a coragem. Só mais um esforço, só mais um papel, Amo o teu amo e vou por aqui Sigo à frente de outros assim, Esculpo a face a maço e cinzel Pois, hoje vi-te no fundo da rua, Perdida no tempo, e na estrada escura, A mão te estendi, na tua futura, Não sei o que faça pra hoje ser tua. Vi-te eu hoje na estrada escura… Mário L. Soares
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