Prémio Blog de Ouro!
Lagash está novamente de parabéns!
O Alex do http://inoutyou.blogs.sapo.pt/ mais uma vez considerou o meu (nosso e vosso) blog merecedor de um prémio. Obrigado Alex pela tua simpatia - um abraço para ti.
Para se cumprirem as regras deste prémio, tenho que:
- copiar o prémio e colocar no seu blog;
- fazer referência do seu nome e colocar o endereço do seu blog;
- presentear 6 pessoas cujos blogs sejam uma inspiração para si;
- deixar um comentário nesses blogs para que saibam que ganharam um prémio;
As minhas escolhas são (a ordem não me parece importante):
http://omeuanel.blogspot.com/ (BB)
http://setnom.blogspot.com/ (Miguel Montes)
http://oprivilegiodoscaminhos.blogspot.com/ (JuliaML)
http://portadovento.blogs.sapo.pt/ (Ana Vidal)
http://angelasoeiro.blogs.sapo.pt/ (Por cá… - da Ângela Soeiro)
http://osedutorfarsolas.blogspot.com/ (Vicente Roskopt – o blog do Joe)
Cumprimentos a todos
Mário L. Soares
Mares convulsos, ressacas estranhas
Cruzam-te a alma de verde escuro
As ondas que te empurram
As vagas que te esmagam
Contra tudo lutas
Contra tudo falhas
Todas as tuas explosões
Redundam em silêncio
Nada me diz
Berras às bestas
Que re sufocam
Em braços viscosos
Cheios de pavor
Esse frio surdo
O frio que te envolve
Nasce na fonte
Na fonte da dor
Remar remar
Força a corrente
Ao mar, ao mar
Que mata a gente
Xutos & Pontapés
Sozinho na noite
um barco ruma para onde vai.
Uma luz no escuro brilha a direito
ofusca as demais.
E mais que uma onda, mais que uma maré...
Tentaram prendê-lo impor-lhe uma fé...
Mas, vogando à vontade, rompendo a saudade,
vai quem já nada teme, vai o homem do leme...
E uma vontade de rir nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder...
No fundo do mar
jazem os outros, os que lá ficaram.
Em dias cinzentos
descanso eterno lá encontraram.
E mais que uma onda, mais que uma maré...
Tentaram prendê-lo, impor-lhe uma fé...
Mas, vogando à vontade, rompendo a saudade,
vai quem já nada teme, vai o homem do leme...
E uma vontade de rir nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder...
No fundo horizonte
sopra o murmúrio para onde vai.
No fundo do tempo
foge o futuro, é tarde demais...
E uma vontade de rir nasce do fundo do ser.
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a vida é sempre a perder
Xutos & Pontapés
(Obrigado à Marilyn Monroe pelo bolo - beijinho para ti...)
1º ano do blog Lagash!!!
É altura de avaliação. Mudanças? Talvez.
Este blog tinha (e tem) o propósito de publicar coisas a bel prazer do seu autor, fossem dele (minhas) ou de outros, fossem poesias, prosas, ou qualquer outra coisa de uma forma despreocupada e sem preconceito, de uma forma eclética, o mais pragmática possível, sem pretensos elitismos, com as compreensivas excepções dos posts que de uma forma ou de outra tem a ver com a maçonaria, ou com sentimentos demasiado “meus”.
Essa publicação visava obter um prazer apenas comparável ao que se vive nos palcos (que também já tive a oportunidade de experimentar) em que a sensação narcisista de proporcionar “o belo” a outros, ou de ter a sensação de que, de qualquer forma, se satisfaz sensorialmente o leitor do blog, é o culminar ou clímax de um show dramático onde o desfecho (bem menos preceptivo), neste caso o simples admirar na primeira pessoa de “coisas” por nós feitas ou por nós publicadas, era o objectivo primário.
Nas estatísticas:
Mais de 10600 Visitas de novos utilizadores!
17000 Páginas visitadas!
346 Posts!
O que dá uma média de 0,95 posts e 29 visitas por dia! Em 365 dias! Sendo que no último semestre a média é de 80 visitas diárias por blocos semanais! Não é nada mau…
Há visitantes que “religiosamente” visitam este blog à mesma hora todos os dias (apenas consigo saber que são as mesmas pessoas pelos números de IP – não tenho mais informação). O meu muito obrigado a vocês!
Visitas de 44 países! De tão longínquos países como a Austrália, Nova Zelândia, Macau, Japão ou Guatemala, Finlândia, Suécia, Argentina, o Quénia ou o Suriname!
Os países com mais visitas foram Portugal (claro) com 58%, seguido do Brasil com 38% das visitas e os E.U.A. com 1,3% e a França com 0,7%, e outros com residuais percentagens.
A língua dos visitantes foi maioritariamente o Português (95%), o Inglês (3%), o Espanhol (1%) e o Chinês (1%) – Nunca pensei que um chinês pudesse vir a ler uma poesia minha...
O crescimento das visitas por foi absolutamente estável e constante. É absolutamente incrível que não tenha baixado o número de visitas em nenhum dos meses de funcionamento e consequentemente as respectivas médias.
Muitos comentários e amizades. Obrigado pelo bom ano.
Não sei se conseguirei manter as médias no ano de 2009.
Prometo (tentar) continuar. Peço-vos que me dêem o feedback necessário à melhoria do blog, da poesia, etc. Comentem os posts. Obrigado (mais uma vez).
Cumprimentos a todos.
Mário L. Soares
Os dias sem beijinhos são uma seca!
São tão maus de passar!
É uma coisa que me inquieta...
São dias que se alongam e que teimam em perdurar!
Dias com beijinhos indesejados são piores
e não deixam de acontecer.
Eu que sou alérgico a flores,
se o torno também com beijos, um dia acabo por morrer!
Ai... há beijinhos tão bons...
Ai... há raparigas tão giras...
Mas são um escândalo esses sons,
quando eu te beijo e tu suspiras!
Vicente Roskopt
(O Mundo na mão - foto de Deyvis Malta)
O mundo está na tua mão, amigo
Sabes, se quiseres tudo é teu…
Se alcançares consegues…
Se abrires a mão agarras o céu!
Se olhares em frente percebes!
O mundo está na tua mão, amor
Dá a semente e o fruto recebes!
Dá o sangue, recebes a vida!
Dá um beijo e amor concebes!
Olha nos olhos da pessoa querida…
O mundo está na tua mão, criança
O segredo está na simplicidade,
Está no carinho e no amor,
Na justiça e na verdade,
Está na audácia e no valor…
O mundo está na tua mão
Mário L. Soares
(barco abandonado - desconheço o autor da foto)
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve
música, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se
deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma em escravo do habito,
repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de
marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com
quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro
sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um
redemoinho de emoções justamente as que resgatam o brilho dos
olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o
seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir
atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na
vida fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má
sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente, quem abandona um projecto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde
quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar
vivo exige um esforço muito maior que o simples facto de
respirar.
Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio
esplêndido de felicidade.
Pablo Neruda
(foto retirada da internet - desconheço o autor)
Invades-me a alma
Num beijo molhado
Que me aquece o corpo
E me leva à entrega absoluta.
Já não sei quem sou…
Perco-me nas partículas
Que te cobrem, envolvem,
E abarco-te com volúpia
No íntimo de mim.
Já não sei onde estou…
Em ondas uníssonas e ritmadas,
Entre gritos e gemidos,
Salivamos torrentes de amor
Que se quedam eternas.
Já não sei de mim…
O colapso final surge
Entre ejaculações e contracções
E palavras de amor
No declínio da tensão.
Já não somos dois…
Vera Silva
http://www.prosas-e-versos.blogspot.com/
(almofadas de "pedra" Livingstones da Smarindesign)
Na pedra mais branca
recosto a cabeça.
Que ninguém me impeça
de ver nela as penas
de mil almofadas.
Marítimas penas
de gaivotas mansas,
rasando enseadas
numa lenta dança.
Que hoje me adormeça
esta luz quebrada,
esta eterna esperança.
Maresias plenas
só o sonho alcança.
Na pedra mais pura
que o vento esculpiu,
encontro o enlace,
revelo o segredo
descoberto a medo
com dedos de frio:
inscrevo-lhe um nome,
como se o calasse.
Se o tempo parasse
agora, o navio
que na noite escura
contigo partiu,
talvez me levasse,
talvez naufragasse
na pedra mais dura
que jamais se viu.
Nas pedras que vejo
descanso o olhar.
Pedras muitas, tantas,
tão silenciosas
e tão preciosas
que só um desejo
as sabe contar.
Ana Vidal
Já disse que não quero nada.
Não me venham com conclusões!
A única conclusão é morrer.
Não me tragam estéticas!
Não me falem em moral!
Tirem-me daqui a metafísica!
Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem conquistas
Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!) —
Das ciências, das artes, da civilização moderna!
Que mal fiz eu aos deuses todos?
Se têm a verdade, guardem-na!
Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica.
Fora disso sou doido, com todo o direito a sê-lo.
Com todo o direito a sê-lo, ouviram?
Não me macem, por amor de Deus!
Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?
Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa?
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.
Assim, como sou, tenham paciência!
Vão para o diabo sem mim,
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!
Para que havemos de ir juntos?
Não me peguem no braço!
Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho.
Já disse que sou sozinho!
Ah, que maçada quererem que eu seja da companhia!
Ó céu azul — o mesmo da minha infância —
Eterna verdade vazia e perfeita!
Ó macio Tejo ancestral e mudo,
Pequena verdade onde o céu se reflecte!
Ó mágoa revisitada, Lisboa de outrora de hoje!
Nada me dais, nada me tirais, nada sois que eu me sinta.
Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo...
E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho!
Álvaro de Campos – 1923
(Fernando Pessoa por Júlio Pomar)
Nada me prende a nada.
Quero cinquenta coisas ao mesmo tempo.
Anseio com uma angústia de fome de carne
O que não sei que seja —
Definidamente pelo indefinido...
Durmo irrequieto, e vivo num sonhar irrequieto
De quem dorme irrequieto, metade a sonhar.
Fecharam-me todas as portas abstractas e necessárias.
Correram cortinas de todas as hipóteses que eu poderia ver da rua.
Não há na travessa achada o número da porta que me deram.
Acordei para a mesma vida para que tinha adormecido.
Até os meus exércitos sonhados sofreram derrota.
Até os meus sonhos se sentiram falsos ao serem sonhados.
Até a vida só desejada me farta – até essa vida...
Compreendo a intervalos desconexos;
Escrevo por lapsos de cansaço;
E um tédio que é até do tédio arroja-me à praia.
Não sei que destino ou futuro compete à minha angústia sem leme;
Não sei que ilhas do sul impossível aguardam-me náufrago;
Ou que palmares de literatura me darão ao menos um verso.
Não, não sei isto, nem outra coisa, nem coisa nenhuma...
E, no fundo do meu espírito, onde sonho o que sonhei,
Nos campos últimos da alma, onde memoro sem causa
(E o passado é uma névoa natural de lágrimas falsas),
Nas estradas e atalhos das florestas longínquas
Onde supus o meu ser,
Fogem desmantelados, últimos restos
Da ilusão final,
Os meus exércitos sonhados, derrotados sem ter sido,
As minhas cortes por existir, esfaceladas em Deus.
Outra vez te revejo,
Cidade da minha infância pavorosamente perdida…
Cidade triste e alegre, outra vez sonho aqui…
Eu? Mas sou eu o mesmo que aqui vivi, e aqui voltei,
E aqui tornei a voltar, e a voltar.
E aqui de novo tornei a voltar?
Ou somos todos os Eu que estive aqui ou estiveram,
Uma série de contas-entes ligados por um fio-memória,
Uma série de sonhos de mim de alguém de fora de mim?
Outra vez te revejo,
Com o coração mais longínquo, a alma menos minha.
Outra vez te revejo – Lisboa e Tejo e tudo –,
Transeunte inútil de ti e de mim,
Estrangeiro aqui como em toda a parte,
Casual na vida como na alma,
Fantasma a errar em salas de recordações,
Ao ruído dos ratos e das tábuas que rangem
No castelo maldito de ter que viver…
Outra vez te revejo,
Sombra que passa através das sombras, e brilha
Um momento a uma luz fúnebre desconhecida,
E entra na noite como um rastro de barco se perde
Na água que deixa de se ouvir…
Outra vez te revejo,
Mas, ai, a mim não me revejo!
Partiu-se o espelho mágico em que me revia idêntico,
E em cada fragmento fatídico vejo só um bocado de mim -
Um bocado de ti e de mim!...
Álvaro de Campos – 26-04-1926
(Gôndolas frente à Piazzetta em Veneza, com a basílica de San Giorgio Maggiore ao fundo da autoria de José M. Azcona)
Não me roubes o amor, Veneza!
Sim, tu! Ó cidade dos rios!
Tu, com a tua nobre beleza,
De labirintos e canais frios.
Não mo leves contigo! Ó desgraçada!
Temo que o perca nas tuas balsas,
“Sole mio” e gôndola encantada…
Peço-te que não o faças.
Nos teus recantos perdem-se cupidos,
Sabes da luxúria e do romance,
Nas tuas águas há corações partidos…
Na Piazzetta beijos matam o amor…
Assassinam a minha paixão,
Atacam de vermelho e de dor…
Mário L. Soares
10, 9, 8, 7, 6, 5, 3, 2, ... e o quatro??? ... 4, 3, 2, 1... Feliz Ano Novo!!!!
Neste momento não posso escrever muito mais...
Felicidades para 2009!
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PSD - Partido Social Democrata
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