(Júlio Dinis)
Joaquim Guilherme Gomes Coelho, Júlio Dinis é o seu pseudónimo mais conhecido, nasceu a 14 de Novembro de 1839 no Porto, e morreu a 12 de Setembro de 1871, com apenas 31 anos, vítima de tuberculose, tal como a sua família.
Embora fosse médico e professor, foi na literatura que se destacou e que dedicou a sua curta vida. Escreveu notáveis romances, embora também poesia e teatro.
“As Pupilas do Senhor Reitor”, “A Morgadinha dos Canaviais”, “Uma Família Inglesa” e “Os Fidalgos da Casa Mourisca” são as suas obras mais lidas.
(Ilustração de "As Pupilas do Senhor Reitor" na sua edição monumental por Alfredo Roque Gameiro)
A sua escrita enquadra-se na passagem entre a beleza ideológica do Romantismo e a objectivação do Realismo.
Mário L. Soares
Nada é mais misterioso
Do que o pensamento
Nada é mais livre
Nada é mais sonante
É tão musical
Tão cortante
Tão amante
Tão veloz
Tão inconstante
Mistério tão
Sem valor
Mas assim
Nasce o amor
Ermelinda Miranda
(Tenho por este poema um carinho muito especial, ou melhor, não em particular pelo poema - que é eterno - mas pela poetisa! A MINHA MÃE!)
Morreu a 13 de Novembro de 1460, na Vila de Sagres, no Algarve, o Infante D. Henrique. Nasceu no dia 4 de Março de 1394, no Porto. Morreu portanto com 66 anos.
O Infante D. Henrique, foi o 3º dos 6 filhos de D. João I, mestre de Avis e que fundou a geração com o mesmo nome. Ele e seus irmãos constituem a Ínclita Geração – nome atribuído aos filhos de D. João I e Filipa de Lencastre – de que fazem parte, D. Duarte, Rei de Portugal, D. Pedro, Duque de Coimbra, D. Isabel de Portugal, mulher de Filipe III, Duque de Borgonha, Infante João de Portugal, 3º Condestável de Portugal e avô de D. Isabel de Castela e D. Manuel I, e por último D. Fernando, o Infante Santo.
Com tais “grandes almas” suas “pares”, como referiu a respeito de seus irmãos, na boca do Infante D. João de Portugal, Fernando Pessoa na Mensagem, o Infante D. Henrique foi talvez o que, de todos, mais se destacou pelos seus feitos de conquista, manutenção e colonização de território, mas principalmente de descoberta. Como foram a descoberta e colonização dos arquipélagos Madeira, os Açores, e Cabo Verde, a passagem do Cabo Bojador e Cabo Branco.
O Navegador, como ficou para a história, foi armado cavaleiro e recebeu os títulos de Duque de Viseu, Senhor da Covilhã, e foi Grão-mestre da Ordem de Cristo, sucessora da Ordem dos Templários.
Figura altiva e inconfundível é hoje um símbolo nacional adoptado por diversas instituições, organismos e empresas. Foi e é tema de poesia e prosa, e é a figura de destaque num dos mais conhecidos monumentos nacionais – o padrão dos descobrimentos, mandado erigir por Salazar – entre os 30 ilustres aí representados.
Mário L. Soares
Sorri a vida que é sofrida!
Vive o corpo que te quer morto!
Abre a porta que a faca não corta!
E o pulso é forte como um urso com sorte!
Rasga as vestes que cobrem os mestres!
Inveja o bom e di-lo com som!
Beija a mulher que sabes que quer!
Ama as crianças e abraça as danças!
Aprende dos livros e mata os bandidos!
Viaja para Marte que aqui não há arte!
Age com força, a paixão é nossa!
Ri de ti e para todos por aí!
Chora o sal de tudo o que há de mal!
Ama a cor e beija o amor!
Mário L. Soares
São Martinho soldado do império,
Que atravessas os Alpes na intempérie
Para regressares à tua morada,
Voltas à tua casa ansiada.
Num abraço solidário, de alma santificada,
Cortas com a tua espada, a encarnada,
A rubra capa que te cobre,
Para com meia agasalhar o que te sai ao caminho - o pobre.
Quando tal acontece, tens mesmo ali,
Um milagre de Deus, que é para ti…
O teu Verão aparece e premeia,
A tua acção homenageia.
Outros soldados p’la guerra pereceram,
Séculos depois, por todo lado morreram,
E outros ainda, ficaram magoados,
Com membros e corpos estropiados.
Todos os dias morrem ainda, com ou sem razão,
Deixando para trás, famílias sem pão,
Ou então, bem pior que a morte,
Deus não dá melhor sorte.
A todos esses, que passados ou presentes,
Estão em nossa memória, tal como os seus parentes,
Deixamos a papoila a esvoaçar,
Pois para sempre a Flandres faremos recordar.
Beberemos o vinho, comeremos a castanha,
Brindamos a São Martinho e sua façanha,
Lembraremos os mortos na guerra,
Plantaremos no peito, a papoila da terra.
Mário L. Soares
Eu bebo a Vida, a Vida, a longos tragos
Como um divino vinho de Falerno
Poisando em ti o meu olhar eterno
Como poisam as folhas sobre os lagos...
Os meus sonhos agora são mais vagos
O teu olhar em mim, hoje é mais terno...
E a Vida já não é o rubro inferno
Todo fantasmas tristes e presságios!
A Vida, meu amor, quero vivê-la!
Na mesma taça erguida em tuas mãos,
Bocas unidas hemos de bebê-la!
Que importa o mundo e as ilusões defuntas?...
Que importa o mundo e seus orgulhos vãos?...
O mundo, Amor!...As nossas bocas juntas!...
Florbela Espanca
(original da autora arquivado na Biblioteca Nacional de Portugal no Campo Grande em Lisboa - Espólio de Florbela Espanca)
Eu gostaria tanto,
de deitar minha cabeça
no teu colo,
pra voar nas asas
dos teus sonhos
e mergulhar no oceano
das tuas vontades.
Eu gostaria tanto,
de me embriagar
no cheiro do teu corpo,
de me queimar nas labaredas
dos teus lábios
e me banhar na poesia
dos teus olhos.
Eu gostaria tanto,
de te arrancar dos braços
do teu mundo
e convidar o raio
de uma estrela
para pintar azul
no chão da nossa rua.
Eu gostaria tanto,
das minhas mãos
brincando em teus cabelos,
até que o véu da noite se rasgasse
e o teu sorriso amanhecesse em mim.
Carlos Magno de Almeida
Ela é tão linda
Um encanto de gente
Que faz da vida da gente
Um feliz infinito
Por ela eu me derreto
Eu me enfeito de amor
Para alegrar o seu dia
Ela é obra de arte
Que inebria os olhos
Invade a alma de beleza
E faz pulsar corações
De deslumbramento
Ela é mesmo assim
Um sim de vento
Um reluzir de chuva
Um barco a vela
No alto mar da felicidade
Ela é de sonho
Ela é de seda
Ela é do clube dos Diários
Ela é do suor da cajuína
Tão Farta
Quanto à mãe
Tão safada
Quanto o pai
Tão bela
E Tão terna
Da noite de Março
Do inverno chuvoso
Que não se esquece mais.
Arnaldo Eugênio
(foto do postal de Happy Holidays do ano 2007, da familia Obama: Barack, Michelle, Malia e Sasha)
Parabéns América!
Desta vez souberam escolher. Espero que o novo presidente seja justo, seja sensível ao bem-estar social americano e tenha uma posição política internacional mais humanitária e menos sobranceira e ávida de petróleo e poder estratégico.
Este presidente que se assemelha a um comum mortal, que aparenta sentimentos e inteligência, mas ao mesmo tempo firmeza e poder, tem uma função sobre-humana e muito pouco mortal que não invejo…
Seja feliz e faça os americanos e consequentemente o resto do mundo feliz.
Long live
Bem haja!
Mário L. Soares
Serei um louco? Um alucinado?
Não tenho mão em mim,
Estarei estragado?
Não sei como me tornei assim…
Troco-me por outro
Sem a mínima garantia,
Sigo, diferente, o troço,
Que a mim estarrecia…
Parto perdido, ao mesmo volto,
Sou o que sou, sem demagogia
Largo a realidade, não fico solto.
Triste e revolto, ando sem norte,
Vou pela estrada e vendo a alma,
Disseminado ao vento, sigo a minha sorte.
Mário L. Soares
(desconheço o autor da foto-montagem)
Os teus seios
têm cheiros
e aromas verdadeiros
de um falso dia de Verão.
É libido
que t'encharca o vestido,
e ao fazeres amor comigo
seca-t'a boca e acelera-t'o coração.
Dás-me um abraço,
escorre-nos suor pel'abaixo...
Talvez ignores, mas eu acho...
Que isto não é apenas atracção!
Vicente Roskopt
http://osedutorfarsolas.blogspot.com/
I am a man who walks alone
And when Im walking a dark road
At night or strolling through the park
When the light begins to change
I sometimes feel a little strange
A little anxious when its dark
Fear of the dark, fear of the dark
I have a constant fear that someone’s always near
Fear of the dark, fear of the dark
I have a phobia that someone’s always there
Have you run your fingers down the wall
And have you felt your neck skin crawl
When you’re searching for the light?
Sometimes when you’re scared to take a look
At the corner of the room
You’ve sensed that something’s watching you
Have you ever been alone at night
Thought you heard footsteps behind
And turned around and no one’s there?
And as you quicken up your pace
You find it hard to look again
Because you’re sure there’s someone there
Watching horror films the night before
Debating witches and folklore
The unknown troubles on your mind
Maybe your mind is playing tricks
You sense and suddenly eyes fix
On dancing shadows from behind
Fear of the dark, fear of the dark
I have a constant fear that someone’s always near
Fear of the dark, fear of the dark
I have a phobia that someone’s always there
When I’m walking a dark road
I am a man who walks alone
Iron Maiden
Absolutamente incrível!
Comediantes, artistas, actores, cantores e vozes dos dias de hoje…
Ponham os olhos neste homem!
Embora tenha cantado mais músicas, segue a primeira conforme a encontrei na net:
Everybody loves somebody sometime
Everybody falls in love somehow
Something in your kiss just told me
My sometime is now
Everybody finds somebody someplace
There's no telling were love may appear
Something in my heart keeps saying
My someplace is here
If I had it in my power
I'd arrange for every girl to have your charm
Then every minute every hour
Every boy would find what I've found in your arms
Everybody loves somebody sometime
And although my dream was overdue
Your love made it well worth waiting
For someone like you
Dean Martin
(I. Taylor - K. Lane)
Morto estás!
Morto ficas!
De morto não passas!
Neste dia de morte e de mortos,
Lembramos os que foram…
Choramos com os que ficam…
Saudamos os que partiram…
Rezamos para não irmos e por todos…
Abraçamos a nossa vida,
E sorrimos…
Mário L. Soares
O fogo que na branda cera ardia,
Vendo o rosto gentil que eu na alma vejo,
Se acendeu de outro fogo do desejo,
Por alcançar a luz que vence o dia.
Como de dous ardores se incendia,
Da grande impaciência fez despejo,
E, remetendo com furor sobejo,
Vos foi beijar na parte onde se via.
Ditosa aquela flama, que se atreve
A apagar seus ardores e tormentos
Na vista de que o mundo tremer deve!
Namoram-se, Senhora, os Elementos
De vós, e queima o fogo aquela neve
Que queima corações e pensamentos.
Luis Vaz de Camões
Sitios interessantes (ou não)
CDS - Centro Democrático Social
Não asses mais carapaus fritos
PCP - Partido Comunista Português
PSD - Partido Social Democrata
Vida de um Português - grande brother!
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