No dia a 3 de Abril de 1982, o deputado João Morgado, disse que o “acto sexual é para ter filhos”, com toda a estupidez de um pseudo – político a introduzir ideias supostamente cristãs para agradar a meia dúzia de clérigos que lhes faziam o favor de arrastar o rebanho ao voto para o partido das setinhas para o meio.
Este país embora esteja muito atrasado em muitas áreas, foi pioneiro na abolição da pena de morte, quando a bíblia continua a dizer “olho por olho, dente por dente”. Evoluímos e percebemos que a bíblia é intemporal, que os tempos se adaptam a ela, e que mais importante de tudo é ser alegórica e simbólica. Para além disso em parte nenhuma é falado do aborto! – e até o “não matarás” tem o significado no hebraico de “não assassinarás” e que se por um lado justificou matanças (não assassinatos) por parte da igreja / inquisição na idade média, por outro “justificaria” a alegada por alguns “morte” do feto. Fala-vos um cristão.
Felizmente duvido que tenhamos muitos políticos destes actualmente, mas se temos alguns, pelo menos têm a hipócrita decência de calarem as suas ideias retrógradas. Tirando algumas mulheres de apelido Leite que não aprendem nunca e que se mantém (coitadas) num registo em 2008, conservador e pré-histórico de “a família tem por objectivo a procriação” – incrível, certo? Muda-se do contexto sexual para o prezado valor da família, mas a ESTÚPIDA mensagem é a mesma!
Portugal AINDA é livre, e eu sou um homem livre, para que tanto alguém possa dizer barbaridades como as que foram ditas em 1982 e em 2008, intrometendo-se claramente na minha vida sexual e familiar, como eu possa usar o meu “tempo de antena” para criticar os políticos que lá estão ao meu / nosso serviço.
Bem esteve Natália Correia que lhe respondeu (ao João Morgado – pena a poetisa não estar fisicamente entre nós em 2008) no dia seguinte na mesma assembleia e que merece ainda hoje ser ouvido pela Sra. Leite que tem mesmo de emigrar para a Sibéria e parar de opinar em Portugal.
Aqui segue o poema da Natália Correia, cujo aniversário da morte se celebra hoje, para o então deputado João Morgado:
“Já que o coito - diz Morgado -
tem como fim cristalino,
preciso e imaculado
fazer menina ou menino;
e cada vez que o varão
sexual petisco manduca,
temos na procriação
prova de que houve truca-truca.
Sendo pai só de um rebento,
lógica é a conclusão
de que o viril instrumento
só usou - parca ração! -
uma vez. E se a função
faz o orgão - diz o ditado -
consumada essa excepção,
ficou capado o Morgado.”
Natália Correia
As opiniões aqui expressadas (com a excepção do poema) são de minha autoria.
Mário L. Soares
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