Natal. Na província neva.
Nos lares aconchegados
Um sentimento conserva
Os sentimentos passados.
Coração oposto ao mundo,
Como a família é verdade!
Meu pensamento é profundo,
Estou só, e sonho saudade.
E como é branca de graça
A paisagem que não sei,
Vista de trás da vidraça
Do lar que nunca terei.
Fernando Pessoa
Escreve-me! Ainda que seja só
Uma palavra, uma palavra apenas,
Suave como o teu nome e casta
Como um perfume casto d'açucenas!
Escreve-me! Há tanto, há tanto tempo
Que te não vejo, amor! Meu coração
Morreu já, e no mundo aos pobres mortos
Ninguém nega uma frase d'oração!
"Amo-te!" Cinco letras pequeninas,
Folhas leves e tenras de boninas,
Um poema d'amor e felicidade!
Não queres mandar-me esta palavra apenas?
Olha, manda então... brandas... serenas...
Cinco pétalas roxas de saudade...
Florbela Espanca
Quantas saudades
Da minha infância
Fui tão feliz
Quando em criança
Tinha bonecas
Feitas de trapos
De pele grosseira
Os meus sapatos
Gorros de lã
Minha mãe fazia
Leite de cabra
Muito eu bebia
Junto à lareira
Histórias me contava
Meu querido pai
Que eu tanto amava
Quando chegar o meu fim
P’ra junto dele quero ir
Virá um anjo do céu
P’ro caminho conduzir
Ermelinda Miranda
in Quadras Soltas (Saudade)
Partiste cedo Patrick. Hoje deixaste-nos mais pobres, tinhas 57 anos. Nunca recebeste um oscar, nem tiveste grandes oportunidades como tantos outros a quem lhes foi dado o mundo. Lutaste na vida para conseguir o que quiseste. Jogaste futebol americano, foste bailarino e actor.
O Dirty Dancing e o Ghost ficarão para sempre nas nossas memórias.
Um cancro no pâncreas levou-te. Deixa-nos saudade.
I hope you’ve had the time of your life while you were here…
Mário L. Soares
I've had the time of my life
Now I've had the time of my life
No I never felt like this before
Yes I swear it's the truth
And I owe it all to you
'Cause I've had the time of my life
And I owe it all to you
I've been waiting for so long
Now I've finally found someone
To stand by me
We saw the writing on the wall
As we felt this magical
Fantasy
Now with passion in our eyes
There's no way we could disguise it
Secretly
So we take each other's hand
'Cause we seem to understand
The urgency
Just remember
You're the one thing
I can't get enough of
So I'll tell you something
This could be love because
I've had the time of my life
No I never felt this way before
Yes I swear it's the truth
And I owe it all to you
Hey, baby
With my body and soul
I want you more than you'll ever know
So we'll just let it go
Don't be afraid to lose control, no
Yes I know what's on your mind
When you say, "Stay with me tonight"
Just remember
You're the one thing
I can't get enough of
So I'll tell you something
This could be love because
I've had the time of my life
No I never felt this way before
Yes I swear it's the truth
And I owe it all to you
But I've had the time of my life
And I've searched though every open door
Till I found the truth
And I owe it all to you
Now I've had the time of my life
No I never felt this way before
Yes I swear it's the truth
And I owe it all to you
I've had the time of my life
No I never felt this way before
Yes I swear it's the truth
And I owe it all to you
'Couse I've had the time of my life
And I've searched though every open door
Till I found the truth
And I owe it all to you...
Bill Medley & Jennifer Warnes
Será que é a morte que chama por mim?
Será que caí em sorte e me enterram na lama?
Por que nada ouço?
Por que não te ouço?
Sinto-me fraco,
sinto-me outro,
noutra condição que não a humana.
Ainda me recordo de ti...
Talvez tu, também, de mim!
Mas já é tarde... e escurece.
Fecham-se-m'os olhos
cobertos pela lama.
Acordo.
Imagem fraca e diluída.
Senti-me só.
Senti tanta agonia.
Não te senti, meu amor.
Senti que havia chegado a minha hora.
Procuro-te na cama:
"Como senti a tua falta!"
Chego-me junto a ti
e abraço-te tal como no primeiro dia.
Vicente Roskopt
mais poesia do Vicente Roskopt em http://osedutorfarsolas.blogspot.com/
Penso em ti na estrada incerta,
Na rua escura e deserta,
Nas loucuras do coração;
Na chuva medonha que cai,
Na folha seca que vai,
Nos momentos de solidão.
Penso em ti no jardim florido,
No pequeno ser colorido
Que voa de flor em flor;
No sorriso das pessoas bonitas,
Nas canções que ecoam eruditas,
Nos versos falando de amor.
Penso em ti no entardecer sombrio,
No vento que causa arrepio,
Na angústia e no abandono;
Na madrugada insípida, tediosa,
Na cama insensível e desditosa,
Na noite fria sem sono.
Penso em ti no passeio matinal,
Na moça que passa escultural
Aguçando o meu prazer;
No happy hour com os amigos,
Na indiferença dos inimigos,
Na esperança de viver.
Carlos Melgaço
Ó sino da minha aldeia,
Dolente na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro de minha alma.
E é tão lento o teu soar,
Tão como triste da vida,
Que já a primeira pancada
Tem o som de repetida.
Por mais que me tanjas perto
Quando passo, sempre errante,
És para mim como um sonho.
Soas-me na alma distante.
A cada pancada tua,
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto.
Fernando Pessoa
("Praia das Maçãs" de José Malhoa - 1918)
A névoa estendeu o manto
rasgam-se os olhos de espanto
tudo é bruma
tudo é espuma e maresia
Hoje não veio a bonança
a areia ensaia uma dança
de torpor
ao sabor da ventania
Praia das Maçãs
onde ladrilho a saudade
em nebulosas manhãs
A nortada não acalma
um remoinho na alma
pé-de-vento
ao relento da alvorada
A falésia tinge de ouro
o imenso sorvedouro
do passado
no brado da madrugada
Praia das Maçãs
onde é agreste a verdade
de mil ventos tecelã
Senhora das tempestades
leva contigo as saudades
de outros dias
litanias de cetim
Enleia em algas molhadas
as lembranças condenadas
e os presságios
dos naufrágios que há em mim
Praia das Maçãs
onde só o mar invade
os incertos amanhãs
Ana Vidal
http://violinosnotelhado.blogspot.com/
Pedi-lhe por favor para que me abraçasse e apertasse o meu corpo… sentia o frio a correr pelas costas. Sinto ainda o que sentia nessa hora de gelo. O escuro das manhãs com sabores estranhos de bocas. Olhos de ramelas ensonados e sem acção…
Vontade de estar para sempre num abraço seguro. Viver impossível a dois o que apenas se pode a um. Somos dois… dois corpos, quatro braços, um abraço, um beijo, uma manhã com sono, que não pode acabar… mas é assim…
Acabam os beijos, os abraços quentes, as manhãs frias, o sono e vem o verão, uma outra luz… mas saudade…
Mário L. Soares
Carlos Queirós
Saudade...
Palavra portuguesa da verdade,
Soar do trompete à chegada,
Choro do violino à partida
Saudade.
Porque magoas por dentro
Atroz sentimento que não sai
Por qual razão me não cai
Rebento!
Quero o fim desta tormenta
Levem a dor dentro da mão
Rasguem o ventre p'lo coração
A morte que este intenta.
Chega de partir inteiros
Parte de mim metade
Quando a outra parte
Daqui vai... outros...
Saudade, vai...
Mário L. Soares (Fevereiro 2008)
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