Quarta-feira, 10 de Fevereiro de 2010

Morte

 

 

Não suportarei o retiro

Virarei terras que me envolvem

Na cabeça ficará um tiro

Comerei vermes que me sorvem.

 

Podre o húmus que me torno

Chove rubras gotas em molhos

Frio o gelo deste forno

Raízes de mastros pelos olhos

 

Cheiro fétido putrefacto

Fechado em volta de uma arca

Saboreio sem língua o mato

 

Claustro refúgio que quero

Fuga da história que fica

Morte anunciada que espero

 

Mário L. Soares

 

publicado por Lagash às 16:16
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Sexta-feira, 13 de Novembro de 2009

Morte do Infante D. Henrique – O Navegador

 

(estátua do Infante D. Henrique da autoria de Leopoldo de Almeida, por ocasião das comemorações dos 500 anos da sua morte) 

 

Morreu a 13 de Novembro de 1460, na Vila de Sagres, no Algarve, o Infante D. Henrique. Nasceu no dia 4 de Março de 1394, no Porto. Morreu portanto com 66 anos.

 

O Infante D. Henrique, filho de D. João I, mestre de Avis e que fundador da geração com o mesmo nome. Ele (o Infante) e seus irmãos constituem a Ínclita Geração – nome atribuído aos filhos de D. João I e Filipa de Lencastre – de que fazem parte, D. Duarte, Rei de Portugal, D. Pedro, Duque de Coimbra, D. Isabel de Portugal, mulher de Filipe III, Duque de Borgonha, Infante João de Portugal, 3º Condestável de Portugal (avô de D. Isabel de Castela e D. Manuel I), e por último D. Fernando, o Infante Santo.

 

Com tais “grandes almas” suas “pares”, como referiu a respeito de seus irmãos, na boca do Infante D. João de Portugal, Fernando Pessoa na Mensagem, o Infante D. Henrique foi talvez o que, de todos, mais se destacou pelos seus feitos de conquista, manutenção e colonização de território, mas principalmente de descoberta. Como foram a descoberta e colonização dos arquipélagos Madeira, os Açores, e Cabo Verde, a passagem do Cabo Bojador e Cabo Branco.

 

O Navegador, como ficou para a história, foi armado cavaleiro e recebeu os títulos de Duque de Viseu, Senhor da Covilhã, e foi Grão-mestre da Ordem de Cristo, sucessora da Ordem dos Templários.

 

Figura altiva e inconfundível é hoje um símbolo nacional adoptado por diversas instituições, organismos e empresas. Foi e é tema de poesia e prosa, e é a figura de destaque num dos mais conhecidos monumentos nacionais – o padrão dos descobrimentos, mandado erigir por Salazar – entre os 30 ilustres aí representados.

 

Mário L. Soares

 

publicado por Lagash às 16:05
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Sábado, 21 de Março de 2009

Poesia

 

 

Poesia é a soma de coisas várias

que no total é resultado original.

É a adição de ideias sumárias

que dão um todo especial.

 

De nada vale poesia sem pensamento,

tal como uma prosa sem memória,

seria tentar contar um argumento,

sem dar importância à história.

 

É ler o que está além da imagem,

perder de vista as palavras no sentido,

sentir o aroma de uma vagem,

ao lado de uma frase, perdido.

 

Como é belo o som das letras do momento,

e a magia do que parece, sem parecer.

Lindas são as palavras e o sentimento.

A poesia é o subtil disfarce do ser.

 

Mário L. Soares

 

publicado por Lagash às 16:03
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Sexta-feira, 13 de Março de 2009

Sexta-feira 13

 

 

O mito da Sexta-feira, dia 13, ser um dia de azar, reporta, provavelmente ao inicio do século XIV, mais propriamente no dia 13 de Outubro de 1307, quando o rei de França Filipe IV, “o belo”, que pretendendo apoderar-se das riquezas dos templários, congeminou um plano de assalto, bem articulado por toda a França em conjunto com o papa Clemente V e que coincidia com a visita ao país de vários templários conhecidos, entre os quais o Grande Mestre Jacques DeMolay.

 

Filipe, que se suspeita, esteve por traz da morte do pretendente ao papa, abrindo caminho para Clemente V, teve então o “pagamento” desse favor com a transferência do poder papal para a sua pessoa, e a sede da igreja para Avignon. A abolição da ordem templária, que tinha até aí o apoio directo do papa, foi a consequência dessa traição.

 

O plano de Filipe “o belo” resultou quase na perfeição, originando na extinção quase total da ordem do templo. Não fosse a intervenção de outros templários sob a protecção dos reis de Portugal e Escócia, que pertenciam eles próprios a essa ordem.

 

Nem o seu grande tesouro, nem os ambicionados documentos passaram para a mão do rei francês. Antes, conseguiu a morte da grande maioria dos templários e uma subsequente perseguição por toda a Europa, o que mais uma vez foi travado pelos reis de Portugal e Espanha.

 

Jacques DeMolay amaldiçoou Filipe e Clemente enquanto morria na fogueira até à 13ª geração, e, no prazo de 1 ano, ambos morreram, um por morte natural e outro por um acidente a cavalo.

 

Em Portugal os templários foram protegidos por D. Dinis que “transformou” a ordem dos templários na Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo de um dia para o outro e a eles transferiu todas as riquezas e possessões. A sua sede foi primeiro em Castro Marim, e depois em Tomar – a cidade dos templários. Assim os templários, como ordem, sobreviveram, mantendo-se vivos até aos dias de hoje.

 

 

(cavaleiros templários nos dias de hoje) 

 

Mário L. Soares

 

publicado por Lagash às 12:05
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Quarta-feira, 4 de Março de 2009

Nascimento do Infante D. Henrique - O Navegador

 

 

(estátua do Infante D. Henrique da autoria de Leopoldo de Almeida, por ocasião das comemorações dos 500 anos da sua morte em Lagos) 

 

 

Nasceu no dia 4 de Março de 1394, no Porto. Morreu a 13 de Novembro de 1460, na Vila de Sagres, no Algarve, o Infante D. Henrique. Morreu portanto com 66 anos.

 

O Infante D. Henrique, foi o 3º dos 6 filhos de D. João I, mestre de Avis e que fundou a geração com o mesmo nome. Ele e seus irmãos constituem a Ínclita Geração – nome atribuído aos filhos de D. João I e Filipa de Lencastre – de que fazem parte, D. Duarte, Rei de Portugal, D. Pedro, Duque de Coimbra, D. Isabel de Portugal, mulher de Filipe III, Duque de Borgonha, Infante João de Portugal, 3º Condestável de Portugal e avô de D. Isabel de Castela e D. Manuel I, e por último D. Fernando, o Infante Santo.

 

Com tais “grandes almas” suas “pares”, como referiu a respeito de seus irmãos, na boca do Infante D. João de Portugal, Fernando Pessoa na Mensagem, o Infante D. Henrique foi talvez o que, de todos, mais se destacou pelos seus feitos de conquista, manutenção e colonização de território, mas principalmente de descoberta. Como foram a descoberta e colonização dos arquipélagos Madeira, os Açores, e Cabo Verde, a passagem do Cabo Bojador e Cabo Branco.

 

O Navegador, como ficou para a história, foi armado cavaleiro e recebeu os títulos de Duque de Viseu, Senhor da Covilhã, e foi Grão-mestre da Ordem de Cristo, sucessora da Ordem dos Templários.

 

Figura altiva e inconfundível é hoje um símbolo nacional adoptado por diversas instituições, organismos e empresas. Foi e é tema de poesia e prosa, e é a figura de destaque num dos mais conhecidos monumentos nacionais – o padrão dos descobrimentos, mandado erigir por Salazar – entre os 30 ilustres aí representados.

 

Mário L. Soares

 

publicado por Lagash às 10:17
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Terça-feira, 16 de Dezembro de 2008

The story

 

 

 

All of these lines across my face

Tell you the story of who I am

So many stories of where I've been

And how I got to where I am

But these stories don't mean anything

When you've got no one to tell them to

It's true...I was made for you

I climbed across the mountain tops

Swam all across the ocean blue

I crossed all the lines and I broke all the rules

But baby I broke them all for you

Because even when I was flat broke

You made me feel like a million bucks

You do

I was made for you

 

You see the smile that's on my mouth

It's hiding the words that don't come out

And all of my friends who think that I'm blessed

They don't know my head is a mess

No, they don't know who I really am

And they don't know what

I've been through like you do

And I was made for you...

All of these lines across my face

Tell you the story of who I am

So many stories of where I've been

And how I got to where I am

But these stories don't mean anything

When you've got no one to tell them to

It's true...I was made for you

 

Brandi Carlile

publicado por Lagash às 16:15
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Quinta-feira, 13 de Novembro de 2008

Morte do Infante D. Henrique – O Navegador

 

(estátua do Infante D. Henrique da autoria de Leopoldo de Almeida, por ocasião das comemorações dos 500 anos da sua morte) 

 

Morreu a 13 de Novembro de 1460, na Vila de Sagres, no Algarve, o Infante D. Henrique. Nasceu no dia 4 de Março de 1394, no Porto. Morreu portanto com 66 anos.

 

O Infante D. Henrique, foi o 3º dos 6 filhos de D. João I, mestre de Avis e que fundou a geração com o mesmo nome. Ele e seus irmãos constituem a Ínclita Geração – nome atribuído aos filhos de D. João I e Filipa de Lencastre – de que fazem parte, D. Duarte, Rei de Portugal, D. Pedro, Duque de Coimbra, D. Isabel de Portugal, mulher de Filipe III, Duque de Borgonha, Infante João de Portugal, 3º Condestável de Portugal e avô de D. Isabel de Castela e D. Manuel I, e por último D. Fernando, o Infante Santo.

 

Com tais “grandes almas” suas “pares”, como referiu a respeito de seus irmãos, na boca do Infante D. João de Portugal, Fernando Pessoa na Mensagem, o Infante D. Henrique foi talvez o que, de todos, mais se destacou pelos seus feitos de conquista, manutenção e colonização de território, mas principalmente de descoberta. Como foram a descoberta e colonização dos arquipélagos Madeira, os Açores, e Cabo Verde, a passagem do Cabo Bojador e Cabo Branco.

 

O Navegador, como ficou para a história, foi armado cavaleiro e recebeu os títulos de Duque de Viseu, Senhor da Covilhã, e foi Grão-mestre da Ordem de Cristo, sucessora da Ordem dos Templários.

 

Figura altiva e inconfundível é hoje um símbolo nacional adoptado por diversas instituições, organismos e empresas. Foi e é tema de poesia e prosa, e é a figura de destaque num dos mais conhecidos monumentos nacionais – o padrão dos descobrimentos, mandado erigir por Salazar – entre os 30 ilustres aí representados.

 

Mário L. Soares

 

publicado por Lagash às 10:02
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Declaração

Declaro que a responsabilidade de todos os textos / poesia / prosa publicados é minha no respeitante à transcrição dos mesmos. Faço todos os possíveis para contactar o(s) autor(es) dos trabalhos a fim de autorizarem a publicação, na impossibilidade de o fazer, caso assim o entenda o autor ou representante legal deverá contactar-me a fim de que o mesmo seja retirado - o que será feito assim que receba a informação. Os trabalhos assinados "Mário L. Soares" são de minha autoria e estão protegidos com a lei dos direitos de autor vigente. Quanto às fotografias, todas, cujo autor não esteja identificado, são de "autor desconhecido" - caso surja o respectivo autor de alguma, queira por favor contactar-me para proceder à sua identificação e se for caso disso retirada do blog. Às restantes fotografias aplicarei o mesmo princípio dos trabalhos escritos. Obrigado. Mário L. Soares - lagash.blog@sapo.pt

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