Terça-feira, 7 de Julho de 2009

V - Há metafísica bastante em não pensar em nada

 

("Paranoiac Visage" de Salvador Dalí) 

 

Há metafísica bastante em não pensar em nada.

 

O que penso eu do mundo?  

Sei lá o que penso do mundo!  

Se eu adoecesse pensaria nisso.

    

Que ideia tenho eu das cousas?

Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?

Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma

E sobre a criação do Mundo?

Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos 

E não pensar. É correr as cortinas

Da minha janela (mas ela não tem cortinas).

    

O mistério das cousas? Sei lá o que é mistério!

O único mistério é haver quem pense no mistério.

Quem está ao sol e fecha os olhos,

Começa a não saber o que é o sol

E a pensar muitas cousas cheias de calor.  

Mas abre os olhos e vê o sol,

E já não pode pensar em nada,

Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos

De todos os filósofos e de todos os poetas.

A luz do sol não sabe o que faz

E por isso não erra e é comum e boa.

    

Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores?

A de serem verdes e copadas e de terem ramos

E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar, 

A nós, que não sabemos dar por elas.

Mas que melhor metafísica que a delas,

Que é a de não saber para que vivem

Nem saber que o não sabem?

    

«Constituição íntima das cousas»...

«Sentido íntimo do Universo»...

Tudo isto é falso, tudo isto não quer dizer nada. 

É incrível que se possa pensar em cousas dessas.

É como pensar em razões e fins

Quando o começo da manhã está raiando, e pelos lados das árvores 

Um vago ouro lustroso vai perdendo a escuridão.

    

Pensar no sentido íntimo das cousas 

É acrescentado, como pensar na saúde 

Ou levar um copo à água das fontes.

    

O único sentido íntimo das cousas

É elas não terem sentido íntimo nenhum.  

    

Não acredito em Deus porque nunca o vi.  

Se ele quisesse que eu acreditasse nele,

Sem dúvida que viria falar comigo

E entraria pela minha porta dentro

Dizendo-me, Aqui estou!

 

(Isto é talvez ridículo aos ouvidos

De quem, por não saber o que é olhar para as cousas,

Não compreende quem fala delas

Com o modo de falar que reparar para elas ensina.)

    

Mas se Deus é as flores e as árvores 

E os montes e sol e o luar,

Então acredito nele,

Então acredito nele a toda a hora,

E a minha vida é toda uma oração e uma missa,

E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.

    

Mas se Deus é as árvores e as flores 

E os montes e o luar e o sol,

Para que lhe chamo eu Deus?

Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar; 

Porque, se ele se fez, para eu o ver,

Sol e luar e flores e árvores e montes,

Se ele me aparece como sendo árvores e montes

E luar e sol e flores,

É que ele quer que eu o conheça

Como árvores e montes e flores e luar e sol.  

    

E por isso eu obedeço-lhe, 

(Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?).  

Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,

Como quem abre os olhos e vê,

E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes,

E amo-o sem pensar nele,

E penso-o vendo e ouvindo,

E ando com ele a toda a hora.

 

Alberto Caeiro

in Guardador de rebanhos

 

publicado por Lagash às 16:06
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Quarta-feira, 17 de Junho de 2009

Age!

 

 

O que quer que faças, fá-lo com garra, com vontade, com determinação e querer. A diferença entre o ir fazer, o fazer e o estar feito, é o tempo, e esse tempo deve ser passado da melhor maneira possível porque tudo é o que fazes. Todo tempo que passa é o tempo que tu passas. Todos os momentos que passam são os momentos teus que tu passas. Tudo o que é feito é o que tu fazes. Não serás digno de fazer coisas bem feitas? E saboreá-las?

 

Faz de ti o melhor que podes, pois és aquilo que fazes e o que tu fazes é o que és. A tua acção traduz em concreto o teu pensamento. Se pensas no bem, fazes coisas boas. Se pensas no mal, não o devias…

 

És tu o motor da tua vida. A tua vida é os momentos que tens, com as pessoas e coisas com que interages. É o que lês e comes. O que bebes e vês. O que ouves e sentes. O que beijas e amas. Faz valer o teu motor.

 

Mas faz… não pares porque não queres falhar. Falha, faz e repete, se puderes. Se não puderes, faz na mesma. Parte os copos que tiveres que partir, mas não deixes de beber o teu vinho com o medo de os partir, porque o teu copo é apenas o recipiente que usas para transportar o teu vinho. Não lhe dês demasiada importância.

 

Age!

 

Mário L. Soares

 

publicado por Lagash às 16:08
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Sexta-feira, 5 de Junho de 2009

Eu

 

 

Até agora eu não me conhecia,

Julgava que era Eu e eu não era

Aquela que em meus versos descrevera

Tão clara como a fonte e como o dia.

 

Mas que eu não era Eu não o sabia

mesmo que o soubesse, o não dissera...

Olhos fitos em rutila quimera

Andava atrás de mim... e não me via!

 

Andava a procurar-me - pobre louca! -

E achei o meu olhar no teu olhar,

E a minha boca sobre a tua boca!

 

E esta ânsia de viver, que nada acalma,

E a chama da tua alma a esbrasear

As apagadas cinzas da minha alma!

 

Florbela Espanca

 

publicado por Lagash às 16:03
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Sexta-feira, 3 de Abril de 2009

Morte de Agostinho da Silva

 

 

George Agostinho Baptista da Silva nasceu no Porto a 13 de Fevereiro de 1906 e morreu em Lisboa no dia 3 de Abril de 1994.

 

Agostinho da Silva é dos mais paradoxais pensadores portugueses do século XX. O tema mais candente da sua obra foi a cultura de língua portuguesa, num fraternal abraço ao Brasil e aos países lusófonos. Todavia, a questão das filosofias nacionais não é para si decisiva, parecendo-lhe antes uma questão académica: «Não sei se há filosofias nacionais, e não sei se os filósofos, exactamente porque reflectem sobre o geral, se não internacionalizam desde logo».

 

O problema de que parte é a procura de uma razão de ser para Portugal: «o que eu quero é que a filosofia que haja por estes lados arranque do povo português, faça que o povo português tenha confiança em si mesmo», entendendo por «povo português» não apenas os portugueses de Portugal, mas também os do Brasil, laçados de índios e negros, os portugueses de África, tribais e pretos, como também os da Índia, de Macau e de Timor.

 

Embarcando num sonho universalista em que os portugueses que vivem apenas para Portugal não têm razão de ser, apresentou-se aos olhos tantas vezes desconcertados dos seus leitores como um cavaleiro do Quinto Império, um reinado do Espírito Santo, respirando um misto de franciscanismo e de joaquimismo e, em todo o caso, obra mais de cigarras que de formigas como era próprio das crianças: «Restaurar a criança em nós, e em nós a coroarmos Imperador, eis aí o primeiro passo para a formação do império», o que é dizer que o primeiro passo dos impérios está sempre no espírito dos homens, aptos para servir, como os antigos templários ou os cavaleiros da Ordem de Cristo.

 

Um império sem clássicos imperadores, que leve aos povos do mundo uma filosofia capaz de abranger a liberdade por que se bate a América, a segurança económica conseguida pela União Soviética, e a renúncia aos bens que depois de ter estado na filosofia de Lao-tsé, diz estar também na de Mao-tsé, mas uma filosofia que as três possam corrigir, purgando a primeira de imperialismos, a segunda da burocracia, e a terceira de catecismos.

 

 

 

É esta uma filosofia que, como gostava de dizer, não parte imediatamente de uma reflexão sobre as ciências exactas, como em Descartes ou Leibniz, mas da fé, como em Espinosa. Partir de crenças como ponto vital e tomar como símbolo preferido que a palavra «crer» parece ter a mesma origem que a palavra «coração», fazendo depois como o Infante, abrindo-se à ciência dos seus pilotos, astrónomos e matemáticos. Tudo dito e defendido com a tranquilidade de quem sabe que até hoje ninguém desvendou os mistérios do mundo e conhece por isso os limites das soluções positivas.

 

Assim, seria possível valorizar aquilo que a seu ver nos distinguiria como povo e como cultura: um povo e uma cultura capazes de albergar em si «tranquilamente, variadas contradições impenetráveis, até hoje, ao racionalizar de qualquer pensamento filosófico».

 

Império do futuro precavido e purgado dos males que arruinaram os quatro anteriores, sem manias de mando, ambições de ter e de poder, sem trabalho obrigatório, sem prisões e sem classes sociais, sem crises ideológicas e metafísicas. Esse já não era o império europeu, dessa Europa ávida de saber e de poder, e por isso esgotada como modelo para os outros 80% da humanidade, menos ávida de poder e mais preocupada com o ser.

 

Trazer por isso o mundo à Europa, como outrora levámos a Europa ao mundo, tal a missão da cultura de língua portuguesa, construindo o seu domínio com uma base espiritual e sem base em terra, porque a propriedade escraviza e só não ter nos torna livres.

 

Obras

Sentido histórico das civilizações clássicas, 1929; A religião grega, 1930; Glosas, 1934; Sete cartas a um jovem filósofo, 1945; Diário de Alcestes, 1945; Moisés e outras páginas bíblicas, 1945; Reflexão, 1957; Um Fernando Pessoa, 1959; As aproximações, 1960; Educação de Portugal, 1989; Do Agostinho em torno do Pessoa; Dispersos, 1988.

 

Bibliografia

António Quadros, Introdução à Filosofia da História, Lisboa, 1982.

 

Fonte: Pedro Calafate em Instituto Camões

 

publicado por Lagash às 10:19
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Domingo, 16 de Novembro de 2008

Graal

 

(pintura de Dante Gabriel Rossetti - "The Damsel of the Sanct Grael" ou "O Santo Graal" exposta no museu Tate Britain em Londres)

 

Aqui estou eu rendido,

Por aquilo que é e é!

Seja então! E eu também o serei!

Não temerei e estarei ao nível e ao mesmo pé!

 

Será de nós a nossa vida

Apenas fotos e filmes… esses

Sons, ideias e sensações?

Essas coisas que nos acontecem

Será? É isso que é o que é?

 

É realmente… pronto, não

Argumento! Não discuto!

Não refuto! Mas então que

Dê fruto!

 

Que se ponha nos dedos aqui!

Que mostre por dentro de si…

- Que vai por ali, que não vi!!

Porra! Nem sei bem o que perdi!

 

Valerá a pena esta cena?

Que vivemos, no fundo, por um lema,

Numa vida de cinema…

Sem chama!

 

Beijo e amo tudo!

Tudo quero abraçar,

Querer caminhar e receber…

É isso que quero

 

Venham beijos e noites

Para que possa viver, amar e beijar

No verdadeiro!

 

Vivam-se os dias em contagem

De gotas de suor que nas

Estalagmites estalam vindas de

Estalactites, outras…

 

Amem-se os aranhiços e

Refastelem-se as moscas, sem mal!

Amem, pois o que é, é!

- É isso mesmo! É esse

O nosso Graal!

 

Mário L. Soares

 

publicado por Lagash às 16:18
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Domingo, 6 de Julho de 2008

Filosofia existencial caseira

 

(foto do espectáculo "História do Brasil segundo Ernesto Varela")

 

O que somos? Para onde vamos? Porque existimos?

 

Nunca ninguém se perguntou isto? Especialmente – Porque existimos? Qual a razão de ser de estar aqui? Em frente a este computador ou de acordar amanhã, ir dormir hoje, fazer sexo ou ir comer comida japonesa?

 

É o existir que aqui se questiona. Fala-se de objectivos pessoais. De lenda pessoal (li num autor brasileiro que muito admiro – Paulo Coelho). Fala-se na perpetuação da espécie (cientificamente falando). Fala-se da felicidade, a nossa e a dos que nos rodeiam. Fala-se da natureza como a mãe de todas as coisas e sistema complexo e funcional a preservar e ser esse o nosso objectivo como seres racionais (dizem os ambientalistas). Fala-se do inferno e do paraíso ou céu, de Deus e do diabo, de todas as formas religiosas de adoração a divindades (leia-se seres sobre-humanos) monoteístas ou politeístas – e cada uma das ditas terá a sua razão de ser e propósito de vida.

 

É difícil objectivar a resposta a estas questões quando existem tantas pontas soltas e tantos pontos por onde começar e que no fundo não há certezas de nada e outras tantas certezas de absolutamente tudo certamente.

 

Pode-se quanto muito tentar dizer o que nos vai na alma (ui… expressão puramente retórica) e divagar sobre a nossa própria opinião sobre estas coisas e sobre o que pensamos sobre elas. Tendo consciência de que ao o fazermos estamos a ser influenciados pelas nossas vivências, educação, país onde vivemos e/ou nascemos, nível escolar e cultural e até mesmo o próprio quociente de inteligência do opinante. Com tudo isto, apenas quero dizer que esta é a minha resposta a esta questão.

 

Pois, nós, seres humanos, somos formados por matéria orgânica, que se decompõe e a pó se reduz, e que é uma máquina perfeita com mecanismos complexos de difícil estudo e manutenção. Mas de uma beleza impressionante. Mas isto, claro, tal como toda a natureza e a relação inter-espécies que por si só revela um mecanismo de sintonia absolutamente espantoso. Fantástico é verificarmos e descobrirmos a proporção áurea ou o número de ouro (Phi = 1,618) e verificar que existe uma relação matemática que reina sobre todas as coisas. Nesta análise metafísica podemos ver coisas que nos impelem sem dúvida para o divino, o sobre humano e o transcendental. Os casos mais evidentes (para além do nosso próprio corpo) são a espiral dos girassóis, as ondas do mar ou um caracol.

  

 

 

Mesmo o ser humano (impelido sabe-se lá pelo quê) na sua história utilizou e utiliza o Phi, desde os capitéis, ao Parthenon, passando pelas pirâmides do Egipto ou a proporção entre largura e comprimento dos cartões de crédito…

 

 

 (dividir 1 por 3 = 1,618)

 

“Quando examinamos profundamente o padrão de uma flor, uma concha ou o balanço de um pêndulo, descobrimos aí a perfeição, uma ordenação incrível, que desperta em nós o maravilhoso que experimentávamos quando crianças. Algo infinitamente maior do que nós se revela e percebemos que o ilimitado emerge dos limites, dos padrões bem definidos”, diz György Doczi (arquitecto húngaro) no livro O Poder dos Limites (ed. Mercuryo).

 

Sem querer provar a existência de um ser superior que define a ordem das coisas (ou definiu para o outros), é certo que há ou houve ordem no universo por nós conhecido, particularmente na natureza. Ordem que se discorda da origem, o que por si só merece análise independente.

 

Sabemos então que não funcionamos no caos ou desordem e que pode (ou não) existir algo superior e extra-humano que criou essa ordem. Será então que, sendo essa ordem permanente, geral e contínua, tanto no tempo como no espaço, não estará também já delineado o nosso futuro? – Há quem lhe chame destino, ou fatum.

 

Nesse caso, olhando as coisas neste prisma, é simples, todos temos o nosso destino e papel numa engrenagem, bem montada ou auto montada / gerida. Não havendo possibilidade de alteração, já que, a “ordem” assim o designa. E que esta ordem é comandada por uma omnipotente força que prevalece sobre nós. Estamos escritos, como se de um livro fossemos personagens.

 

Demasiado simples…

 

A continuidade da espécie, faz sentido, em última análise pois como animais que somos, temos necessidades que no geral convergem para a perpetuação da espécie e apuramento da mesma, tal como o fazem os animais ao escolher o(a) melhor parceiro(a) para garantir os melhores genes à sua descendência. O que é que os impele?

 

As baleias que vão anualmente acasalar ao mesmo local, os salmões que sobem o rio para acasalar e morrer, as tartarugas que vão para o mar quando nascem e voltam para aquela mesma praia para repetir o que os seus progenitores fizeram. Tudo isto sem guião, texto, ensinamento ou curso de formação.

 

Seremos como os animais? Estamos aqui para procriar e perpetuarmos a nossa existência dessa forma?

 

A lenda pessoal (segundo Paulo Coelho, e na minha interpretação) é o que cada um tem por seu objectivo de vida. É aquilo que cada um deseja no inicio da sua juventude, e quando sentimos que tudo é possível. Nada nos pode parar. É aquela sensação de querer conquistar o mundo (o nosso mundo) convertida em força para realizar o que se sonha.

 

Temos sem dúvida um sentido na nossa vida. Estamos cá com uma intenção, um propósito. Temos (cada um de nós) de descobrir qual é o nosso propósito. Pode, por exemplo, ser, dizer uma palavra a outra pessoa despreocupadamente numa tarde de Domingo num café. E que essa palavra conspire nessa pessoa para a lenda dessa pessoa, e que todo o encadeamento de lendas pessoais forme um quadro lindíssimo. O que precisamos é de uma grande angular para poder observar, perceber e apreciar esse quadro.

  

 

 

 

Precisamos também de um microscópio para podermos ver a nossa parte, o nosso pequeno mundo e razão de existir. E sabermos que parte temos nós na engrenagem. Para isso temos que conhecer-nos bem. Saber quem somos e o que valemos (mesmo parecendo inúteis). Depois de nos conhecermos saberemos o que fazer. Tudo girará aparentemente à nossa volta para que o consigamos realizar. A partir daí tudo se torna mais claro no mundo e as cores farão outro sentido.

 

O mundo terá outra maneira de nos olhar e nós a ele. A calma chegará aos nossos corações e seremos serenos. Sabemos o que queremos e quem somos, cada um por si só e todos no geral. Sabendo-o teremos e sentiremos o poder. O nosso poder.

 

A seguir é fácil… é só juntar os ingredientes e esperar 20 minutos. A lenda pessoal ficará pronta e teremos a vida toda para a realizar. Nunca nos neguemos a ela e ela não se negará a nós.

 

Querendo, podemos tudo – tudo mesmo – nada é impossível.

 

Mário L. Soares

 

publicado por Lagash às 22:16
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Declaro que a responsabilidade de todos os textos / poesia / prosa publicados é minha no respeitante à transcrição dos mesmos. Faço todos os possíveis para contactar o(s) autor(es) dos trabalhos a fim de autorizarem a publicação, na impossibilidade de o fazer, caso assim o entenda o autor ou representante legal deverá contactar-me a fim de que o mesmo seja retirado - o que será feito assim que receba a informação. Os trabalhos assinados "Mário L. Soares" são de minha autoria e estão protegidos com a lei dos direitos de autor vigente. Quanto às fotografias, todas, cujo autor não esteja identificado, são de "autor desconhecido" - caso surja o respectivo autor de alguma, queira por favor contactar-me para proceder à sua identificação e se for caso disso retirada do blog. Às restantes fotografias aplicarei o mesmo princípio dos trabalhos escritos. Obrigado. Mário L. Soares - lagash.blog@sapo.pt

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