Terça-feira, 2 de Março de 2010

Pausa

Meus caros amigos,

 

Como já devem ter reparado, não tenho ‘postado’ nada – é verdade.

 

Não há uma razão em especial. Apenas se trata de uma pequena pausa nos trabalhos para que não se entre na rotina e na obrigação. Assim posso descansar e regressar com ideias frescas.

 

I’ll be back…

 

Mário L. Soares

 

publicado por Lagash às 16:06
link | comentar | ver comentários (4) | favorito
Sábado, 13 de Fevereiro de 2010

Sol

 

 

Ó sol que miras p’lo céu!

Vens e banhas o ventre

Tocas o meu pelo véu

Molhas, seco e quente.

 

Azuis sorrisos tu brilhas

Esperança, de ti, existência

E as estrelas, tuas filhas,

Choram à noite, vivência.

 

Milhas de longe e de luz

Abraças a terra fecunda

Beijas o mar que seduz

Semente pátria profunda

 

Alento dás tempo à hora

Montanhas, campos de sal

Eriges estruturas de flora

Invocas o Deus contra o mal

 

Mário L. Soares

 

publicado por Lagash às 16:02
link | comentar | favorito
Sexta-feira, 12 de Fevereiro de 2010

Perdoa-me

 

 

Perdoa-me por tudo o que te fiz.

Perdoa-me o que não te fiz.

O perdão é importante questão.

E também seja levante o esquecimento.

O amor é eterno como o firmamento

externo e o lamento.

Perdão te peço de todo o meu fundo.

Perdão que não meço do tamanho do mundo.

Esquecer é preciso…

 

Sejam ventos os pensamentos

que apenas passam.

Levam o tempo que

no momento lavram.

 

Esqueço-me de mim e arrefeço-me.

Pertenço ao querer e ao lenço.

Vivo na história da memória do meu livro.

Esqueço da dor,

lembro o fervor do amor.

Perco-me em mim no labirinto

que sinto.

Sou forte e olho de frente

a morte pendente.

Espero a sorte que note

que vi e que estou aqui.

 

Oh, vida, que não queres perdão

perdida assim p’lo chão.

Nascida de azul berço,

Que mereço ser querida.

 

Perdoa-me vida. Perdoa-me sorte.

 

Perdoa-me a morte.

 

Mário L. Soares

 

publicado por Lagash às 16:11
link | comentar | ver comentários (1) | favorito
Quarta-feira, 10 de Fevereiro de 2010

Morte

 

 

Não suportarei o retiro

Virarei terras que me envolvem

Na cabeça ficará um tiro

Comerei vermes que me sorvem.

 

Podre o húmus que me torno

Chove rubras gotas em molhos

Frio o gelo deste forno

Raízes de mastros pelos olhos

 

Cheiro fétido putrefacto

Fechado em volta de uma arca

Saboreio sem língua o mato

 

Claustro refúgio que quero

Fuga da história que fica

Morte anunciada que espero

 

Mário L. Soares

 

publicado por Lagash às 16:16
link | comentar | ver comentários (1) | favorito
Terça-feira, 9 de Fevereiro de 2010

Futuro

 

 

Primei agora pelo futuro

Olho alheado o presente

Deparo assim com um muro

Parede tijolo quente

 

Volto à volta à solução

Esquema de passagem

Rotundo corrente de acção

Pronto para a viagem

 

Agarra-me atrás a barreira

Prende e parte-me os braços

Segura-me de qualquer maneira

 

Rasgo de sangue roupagem

Lágrimas correm no espaço

E caio no solo em miragem

 

Mário L. Soares

 

publicado por Lagash às 16:12
link | comentar | favorito
Sábado, 6 de Fevereiro de 2010

Viverei

 

("O beijo" de Alfred Eisenstaedt)

 

Viverei o que sinto

Com amor em promontório

Saberás que não minto

No fim, no meu velório

 

Abrirei os braços

E no túnel gritarei

A todos os meus laços

Por quem me enamorei

 

Se em enleios me perder

A luz do destino granjearei

Para não me deixar morrer

 

Serei, no caminho, feliz comigo

E ao universo sorrirei

A minha vida contigo

 

Mário L. Soares

 

publicado por Lagash às 16:15
link | comentar | favorito
Quinta-feira, 4 de Fevereiro de 2010

Reveses

 

 

Como a vida reveses traz!

Olhar para dentro à frente

Saber usar a bem a mente

E viver o sonho e ser capaz.

 

Aguardo no mar as bonanças,

Que a tempestade ao fundo augura;

Sabendo que na noite escura

Vêm ventos e mudanças.

 

Ah, raios e coriscos que se partam!

Quero ver o sol na meia-noite

Ter a luz – que os céus se abram!

 

Contrariedades que se vão!

Serei herói e homem do leme,

Neste mundo que é um cão.

 

Mário L. Soares

 

publicado por Lagash às 16:08
link | comentar | favorito
Segunda-feira, 1 de Fevereiro de 2010

São crianças

 

 

São crianças aquelas

Que vês ao fundo

No caminho que velas

Na trilha do mundo

 

Brilham os olhos

Lágrimas de amor

E abraços aos molhos

Pedaços sem dor

 

É amor o que vendem

E sonhos escondidos

São as coisas que sentem

 

São os choros sentidos

E a alegria que aprendem

No coração garantidos

 

Mário L. Soares

 

publicado por Lagash às 16:19
link | comentar | favorito
Terça-feira, 19 de Janeiro de 2010

Coragem

 

(Stupe Island) 

 

 

Será enfrentar o medo ou conseguir vencer a dor. Pode ser vencer obstáculos. É tornear o perigo de frente. É fazer ou dizer alguma coisa conseguindo superar uma ameaça subjacente à acção ou consequente ao que foi dito.

 

Sendo o medo um sentimento gerado por um estímulo externo ou interno provocado por uma ameaça, dor (física ou psicológica) ou traumas do passado, que gera reacções de alerta e atenção no corpo humano com injecção de adrenalina e cortisol, preparando-o para resistir à agressão “medo” – a coragem é a acção ou reacção originada por essa alteração hormonal, e que defende o ser humano do que o atormenta.

 

Filosoficamente, a coragem é um acto altruísta que (como indica) tem como objectivo a defesa ou luta por algo superior a quem o faz, ou cujo ganho é externo a quem o faz. Dessa forma a coragem é um sentimento que tem características únicas e que nos leva a superarmos as nossas limitações e levarmos um pouco mais longe as nossas acções.

 

Nos filmes e na música, a coragem é um dos mais fortes sentimentos a ser descritos, pela sua sempre originalidade e particular distinção perante os outros sentimentos.

 

Poeticamente, a coragem foi, desde sempre descrita e exaltada. Desde os heróis romanos e gregos, envolvidos em mitologia e divindades, até aos anónimos nas guerras, passando pelo comum dos mortais, que também pode ser herói.

 

E na nossa vida? Quem tem coragem para ter coragem? Que tem coragem de mudar de vida? Quem o quer fazer, e não tem coragem? Quem não gostava, às vezes, de ter coragem?

 

Tenhamos coragem! Tenhamo-la!

 

A vida é curta, e devemos seguir o nosso coração. Abracemos o futuro com sorrisos, lágrimas e medo (sim, medo), mas sem olhar para trás! Com confiança e principalmente – coragem.

 

Força para todos!

 

Mário L. Soares

 

publicado por Lagash às 16:25
link | comentar | ver comentários (3) | favorito
Domingo, 10 de Janeiro de 2010

O “Lagash” faz hoje 2 anos!!

 

 

Parabéns ao blog “Lagash”. Hoje é o seu segundo aniversário. Não me parabenizo a mim próprio porque, obviamente, eu não sou o blog, apenas o alimento. Dou-lhe poesia, prosa, música e vídeos e outras coisas que ele se vai habituando a comer, e que vou filtrando conforme o apetite do menino, e os seus gostos pessoais, mas eu não sou ele!

 

Não há aqui falsas modéstias nem inversão de papeis. É mesmo assim. Se somos o que comemos, então “Lagash” é Fernando Pessoa, ortónimo  e seus heterónimos, Natália Correia e Florbela Espanca, Camões e Almeida Garrett, Eugénio de Andrade e O’Neil, Sophia de Mello Breyner e Manuel Alegre. E é Pink Floyd e Dire Straits, Zeca Afonso e Sérgio Godinho, Duran Duran e A-Há, Rádio Macau e Xutos e Pontapés, Police e John Lennon… entre muitos outros.

 

Certo é, que alimento o blog (qual pelicano) de mim próprio um pouco também, com custo, por vezes, é certo, e com cansaço, por outras, também. Mas sempre na condição de alguém ler, ouvir e ver, o que quer que “postei”. E como fui também eu que o pus no mundo, faz de mim, pai, e a ele filho. E como quem “faz um filho, fá-lo por gosto”, e como alimentá-lo é preciso, para que tudo faça sentido, então todas as dificuldades e revezes que o “meu” (dele ou seu) blog me traz, não têm qualquer importância.

 

“Lagash” é o que “comeu”, é quem o fez, é quem o alimenta, é quem o lê e quem o ouve e segue todos os dias - é o que é!

 

Assim, digo:

 

“Parabéns Lagash! Tens dois anos de idade completos - hoje. Qualquer dia vais para a escola e começas a fumar e a pedir-me dinheiro para o bilhar! Portanto, vê se cresces e continuas a engordar. Continua a ser bonito por dentro (como diz a mamã) e a mostrares o melhor que existe daquilo que és. A ser respeitador e amante de tudo o que está em ti, dos autores de que te alimentas e com eles cresces, dos leitores e ouvintes que te respeitam e amam. Faz-te Homem e avança sem medo, estrada fora em velocidade cruzeiro de um «post» por dia, um dia de cada vez… e se um dia, um dia falhares um dia, não faz mal, acontece. Amanhã é outro dia, tens muitos dias e tu és grande. Força. Beijinhos e abraços.”

 

Mário L. Soares

 

publicado por Lagash às 16:17
link | comentar | ver comentários (3) | favorito
Sábado, 9 de Janeiro de 2010

Octapodi

 

 

Nada, nem ninguém consegue separar o amor!

 

Vai, e luta por quem queres e por aquilo que acreditas!

 

Uma fantástica animação de Julien Bocabeille, François-Xavier Chanioux, Olivier Delabarre, Thierry Marchand, Quentin Marmier e Emud Mokberi.

 

Mário L. Soares

 

publicado por Lagash às 16:18
link | comentar | ver comentários (3) | favorito
Quarta-feira, 6 de Janeiro de 2010

Nem tudo o que parece é

 

 

Será que é aquilo que parece?

Ou poderá o que fosse, não ser,

E ser aquilo que me apetece

Em vez daquilo que estou a ver?

 

Não será o que é, por certo,

Nem poderá ser aquilo que penso,

Está mesmo aqui tão perto,

Que os meus olhos não venço.

 

Que pode ser que vê a mente

Que nem o coração ver quer,

E o peito rebenta quando sente.

 

É apenas o que quero perceber:

Será aquilo que não vê a gente,

Mas aquilo que se quer ver?

 

Mário L. Soares

 

publicado por Lagash às 16:11
link | comentar | ver comentários (1) | favorito
Terça-feira, 5 de Janeiro de 2010

Maze

 

 

A vida, às vezes, parece tão complicada…

 

E no entanto – não é.

 

Mário L. Soares

 

publicado por Lagash às 16:26
link | comentar | favorito
Quinta-feira, 31 de Dezembro de 2009

Hoje é dia de festa!

 

 

Festejamos o ano que termina, o novo que começa, fechamos a porta ao passado resolvendo as questões pendentes, olhamos o futuro com optimismo e determinação na certeza que o amanhã será melhor do que hoje… MAS QUEM É QUE ANDAMOS A ENGANAR?

 

Antes do nascimento de Cristo um imperador romano acrescentou dois meses ao calendário que conhecemos hoje (no caso Janeiro e Fevereiro) por uma questão de superstição, já que antes disso o ano tinha apenas 304 dias. Assim, se não fosse este imperador, estaríamos a comemorar – absolutamente nada a não ser a passagem de um dia para outro.

 

A necessidade do ser humano de dividir o tempo em blocos estáticos e recordar datas específicas prende-se não só para a obvia organização do tempo, mas também e principalmente para conseguir terminar ciclos temporais significativos nas nossas vidas. Desta forma, conseguimos o “para o próximo ano tudo irá correr melhor”, ou “que o ano novo seja tudo o que este não foi”.

 

É a esperança no amanhã que necessitamos que nos obriga a dividir o tempo.

 

O tempo, esse é cada minuto. O tempo é cada segundo que passa, se queremos dividi-lo. Mas é um contínuo, é um ininterrupto continuar e correr de areia numa ampulheta. Não pára!

 

Vivê-lo como se fosse o último grão de areia é a nossa função. Festejar cada MINUTO NOVO! Cada SEGUNDO NOVO! Cada GRÃO DE AREIA NOVO!

 

Vamos dizer aos amigos e família – Feliz GRÃO DE AREIA! – Mas todos os minutos! Todos os segundos e todos os grãos!

 

E como dizia o Solnado: “Façam favor de ser felizes!”

 

Mário L. Soares

 

publicado por Lagash às 16:21
link | comentar | ver comentários (5) | favorito
Quinta-feira, 24 de Dezembro de 2009

Festas por todo lado

 

 

Nesta altura do ano, quer-se agradar a todos os mais queridos e presenteá-los com bonitas e caras prendas.

 

Sob o divino auspício do todo-poderoso Pai Natal, queremos comprar este mundo e o outro para poder chegar ao coração dos nossos familiares, colegas de trabalho e amigos. Sabemos quem nos vai dar presentes e obrigamo-nos a retribuir, de preferência com um presente de igual valor, para não parecer mal e para não ficar mal visto. Damos, pelo acto e facto de “ter de ser” sob pena de irmos para o inferno do pós vida e para o inferno da vida actual, que não é mais que a tal lista dos “desgraçados que não me deram nada pelo Natal”, ou aquela lista dos que “eu dei-lhe um presente tão bonito, e não recebi nada em troca…”.

 

O Natal é mais do que isso. É tempo de lembrar os mais queridos. É tempo de querer estar com essas pessoas. É tempo da palavra saudade e de amor. É altura de estarmos bem, sentirmos quente, comer e beber, contar histórias antigas, rir e cantar. Esse é espírito do Natal.

 

Natal é quando o Homem quer? Sim, mas mais do que isso, Natal é o que o Homem quiser. E isso significa que podemos fazer do nosso Natal um dia de compras, consumismo e materialização do capitalismo, ou, independentemente dessa premissa, podemos adicionar-lhe o nosso amor pelo próximo e transformá-lo num dia de alegria. Assim, dando amor, e sendo esse o nosso principal presente, podemos fazer dos Natais de todos os lares de todo o mundo, um centro de troca de energias positivas e de crescimento espiritual, intelectual, emocional e psíquico.

 

Troque uma história bonita com o seu pai, mãe, irmão, amigo ou quem quer que esteja consigo neste Natal. Dê ao próximo um sorriso e espere o mesmo de volta. Faça rir quem está à sua volta – é fácil – lembre-se de como era quando era criança… infantil? Sim, mas tão bom… Dê um beijo a quem ama. Assim, simplesmente – um beijo. Verá que outros olhos estarão à sua frente. Adicione um abraço quente e sincero. Embrulhe tudo com um carinho e palavras de amor ridículas… Um sucesso!

 

As prendas deviam ser assim. Mas, à falta de melhor, ofereça umas peúgas… fica sempre bem e é muito económico.

 

Beijos e abraços e desejos de um bom Natal.

Mário L. Soares

 

publicado por Lagash às 16:14
link | comentar | ver comentários (3) | favorito

Declaração

Declaro que a responsabilidade de todos os textos / poesia / prosa publicados é minha no respeitante à transcrição dos mesmos. Faço todos os possíveis para contactar o(s) autor(es) dos trabalhos a fim de autorizarem a publicação, na impossibilidade de o fazer, caso assim o entenda o autor ou representante legal deverá contactar-me a fim de que o mesmo seja retirado - o que será feito assim que receba a informação. Os trabalhos assinados "Mário L. Soares" são de minha autoria e estão protegidos com a lei dos direitos de autor vigente. Quanto às fotografias, todas, cujo autor não esteja identificado, são de "autor desconhecido" - caso surja o respectivo autor de alguma, queira por favor contactar-me para proceder à sua identificação e se for caso disso retirada do blog. Às restantes fotografias aplicarei o mesmo princípio dos trabalhos escritos. Obrigado. Mário L. Soares - lagash.blog@sapo.pt

mais sobre mim

procurar em Lagash

 

Março 2010

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31

posts recentes

Pausa

Sol

Perdoa-me

Morte

Futuro

Viverei

Reveses

São crianças

Coragem

O “Lagash” faz hoje 2 ano...

Octapodi

Nem tudo o que parece é

Maze

Hoje é dia de festa!

Festas por todo lado

arquivos

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

tags

todas as tags

links

blogs SAPO

subscrever feeds

Em destaque no SAPO Blogs
pub