Vil prisão servil
esta do meu peito
onde bate o amor
a portas fechadas.
Abrem-se alas
de amores fugazes.
Vontade p’lo dia e eu a noite,
querem o pão e eu o vinho.
Assim, sem querer, sem explicação,
sem amor…
Mário L. Soares
(mote de Fernando Pessoa)
I want to live in fire
with all the taste I desire
it's all good if you let me dive
with some sharks on the ground
you lose your routine
you lose your routine
cause I found my path
what the hell are you trying
now I know there is something more
what happened to you
still staying on my path
are you still denying
now I know there is something more
that this is the truth
it's all in you
what do you came for
what did you expect to find
what do you life for
what did you expect to find
so boundless I feel
and boundless all my fears
stop running back to old times
you lose your routine...
cause I found my path
what the hell are you trying
now I know there is something more
what happened to you
still staying on my path
are you still denying
now I know there is something more
that this is the truth
Apocalyptica & Sandra Nasic
Virá o dia que facas, lâminas e espadas
te sairão pela boca e contra a besta
investirás para remissão de todo o mal.
Virá em resposta de todos os sinais proféticos
que desde sempre pressagiaram a tua vinda.
Nesse dia, a tua palavra chegará aos ouvidos
de muitos e tantos perecerão ao ouvi-la.
Todo o exército cairá prostrado e abutres
e aves almoçarão as carnes ainda quentes.
Será silenciado o líder, que em mil anos
quedará agrilhoado nos abismos com
o falso profeta.
O mundo estará calmo e virá a paz…
O sol nascerá todos os dias como sempre
mas sem o engulho de Lúcifer.
E tudo será como devia ser.
Até ao segundo encontro contigo!
Que guerra sangrenta será. Por montanhas
de fogo será travada. E tomarás
extinguido o maléfico animal novamente.
E o sentenciarás ao sofrimento infinito.
E eterna será a sua pena.
E a todos os que sobraram julgarás
depois pelo que fizeram e não fizeram
desde a fundação dos tempos. Desde
que o primeiro sopro soprou e
desde que o primeiro sol brilhou.
No livro estará a história, e a tua lei
será cega e justa. E na lava do lago
serão lançados os que lá devem ficar.
E o mundo e os céus serão outros,
tudo irá pelos ares voando e se
retalhando em pedaços pequenos.
Nada sobejará e ficará tudo no éter.
A morte morrerá e não será mais.
Nem mais sofrimento, nem dor.
E um novo mundo com dúzias de
belas coisas, e um novo céu
e um novo amor renascerá forte e belo.
Como tu… como o teu amor…
Mário L. Soares
José Duarte Ramalho Ortigão, nasceu no Porto, a 24 de Novembro de 1836 e morreu em Lisboa em 27 de Setembro de 1915, com 78 anos.
Nasceu na Casa de Germalde na freguesia de Santo Ildefonso. Era o mais velho de nove irmãos, filhos do primeiro-tenente de artilharia Joaquim da Costa Ramalho Ortigão e de D. Antónia Alves Duarte Silva Ramalho Ortigão.
Viveu a sua infância numa quinta do Porto com a avó materna, com a educação a cargo de um tio-avô e padrinho Frei José do Sacramento. Em Coimbra, frequentou brevemente o curso de Direito, começando a trabalhar como professor de francês no colégio da Lapa, no Porto, de que seu pai era director, e onde ensinou, entre outros, Eça de Queirós e Ricardo Jorge. Por essa altura, iniciou-se no jornalismo colaborando no Jornal do Porto.
Em 24 de Outubro de 1859 casou com D. Emília Isaura Vilaça de Araújo Vieira, de quem veio a ter três filhos: Vasco, Berta e Maria Feliciana.
Ainda no Porto, envolveu-se na Questão Coimbrã com o folheto "Literatura de hoje", acabando por enfrentar Antero de Quental num duelo de espadas, a quem apodou de cobarde por ter insultado o velho António Feliciano de Castilho. Ramalho ficou fisicamente ferido no duelo travado, em 6 de Fevereiro de 1866, no Jardim de Arca d'Água.
No ano seguinte, em 1867, visita a Exposição Universal em Paris, de que resulta o livro Em Paris, primeiro de uma série de livros de viagens. Insatisfeito com a sua situação no Porto, muda-se para Lisboa com a família, agarrando uma vaga para oficial da Academia das Ciências de Lisboa.
Reencontra em Lisboa o seu ex-aluno Eça de Queirós e com ele escreve um "romance execrável" (classificação dos autores no prefácio de 1884): O mistério da estrada de Sintra (1870). No mesmo ano, Ramalho Ortigão publica ainda Histórias cor-de-rosa e inicia a publicação de Correio de Hoje (1870-71). Em parceria com Eça de Queirós, surgem em 1871 os primeiros folhetos de As Farpas, de que vem a resultar a compilação em dois volumes sob o título Uma Campanha Alegre. Em finais de 1872, o seu amigo Eça de Queirós parte para Havana exercer o seu primeiro cargo consular no estrangeiro, continuando Ramalho Ortigão a redigir sozinho As Farpas.
Entretanto, Ramalho Ortigão tornara-se uma das principais figuras da chamada Geração de 70. Vai acontecer com ele o que aconteceu com quase todos os membros dessa geração. Numa primeira fase, pretendiam aproximar Portugal das sociedades modernas europeias, cosmopolitas e anticlericais. Desiludidos com as Luzes europeias do progresso material, porém, numa segunda fase voltaram-se para as raízes de Portugal e para o programa de um "reaportuguesamento de Portugal". É dessa segunda fase a constituição do grupo "Os Vencidos da Vida", do qual fizeram parte, além de Ramalho Ortigão, o Conde de Sabugosa, o Conde de Ficalho, Marquês de Soveral, Conde de Arnoso, Antero de Quental, Oliveira Martins, Guerra Junqueiro, Carlos Lobo de Ávila, Carlos de Lima Mayer e António Cândido. À intelectualidade proeminente da época juntava-se agora a nobreza, num último esforço para restaurar o prestígio da Monarquia, tendo o Rei D. Carlos I sido significativamente eleito por unanimidade "confrade suplente do grupo".
(Caricatura de Ramalho Ortigão por Raphael Bordalo Pinheiro em 1880)
Na sequência do assassínio do Rei, em 1908, escreve D. Carlos o Martirizado. Com a implantação da República, em 1910, pede imediatamente a Teófilo Braga a demissão do cargo de bibliotecário da Real Biblioteca da Ajuda, escrevendo-lhe que se recusava a aderir à República "engrossando assim o abjecto número de percevejos que de um buraco estou vendo nojosamente cobrir o leito da governação". Saiu em seguida para um exílio voluntário em Paris, onde vai começar a escrever as Últimas Farpas (1911-1914) contra o regime republicano. O conjunto de As Farpas, mais tarde reunidas em quinze volumes, a que há que acrescentar os dois volumes das Farpas Esquecidas, e o referido volume das Últimas Farpas, foi a obra que mais o notabilizou por estar escrita num português muito rico, com intuitos pedagógicos, sempre muito crítico e revelando fina capacidade de observação. Eça de Queirós escreveu que Ramalho Ortigão, em As Farpas, "estudou e pintou o seu país na alma e no corpo".
Regressa a Portugal em 1912 e, em 1914 dirige a célebre Carta de um velho a um novo, a João do Amaral, onde saúda o lançamento do movimento de ideias políticas denominado Integralismo Lusitano:
"A orientação mental da mocidade contemporânea comparada à orientação dos rapazes do meu tempo estabelece entre as nossas respectivas cerebrações uma diferença de nível que desloca o eixo do respeito na sociedade em que vivemos obrigando a elite dos velhos a inclinar-se rendidamente à elite dos novos"
Vítima de um cancro, recolheu-se na casa de saúde do Dr. Henrique de Barros, na então Praça do Rio de Janeiro, em Lisboa, vindo a falecer em 27 de Setembro de 1915, na sua casa da Calçada dos Caetanos, Freguesia da Lapa.
Foi Comendador da Ordem de Cristo e Comendador da Ordem da Rosa, no Brasil. Além de bibliotecário na Real Biblioteca da Ajuda, foi Secretário e Oficial da Academia Nacional de Ciências, Vogal do Conselho dos Monumentos Nacionais, Membro da Sociedade Portuguesa de Geografia, da Academia das Belas-Artes de Lisboa, do Grémio Literário, do Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro, e da Sociedade de Concertos Clássicos do Rio de Janeiro. Em Espanha, foi Grã-Cruz da Ordem de Isabel a Católica, membro da Academia de História de Madrid, da Sociedade Geográfica de Madrid, da Real Academia de Belas Artes de S. Fernando, da Union Ibero-Americana, e da Real Academia Sevillana de Buenas Letras.
Fonte: Wikipédia (com algumas alterações de minha autoria)
Não consegui as letras destas duas músicas…
De qualquer forma, o conteúdo poético não é grande chouriço, no entanto, marcaram uma época, andaram na boca do mundo e tocam-me na campainha da memória. Quem não cantou (e ainda canta) este som?!
Fiquem com os Trabalhadores Do Comércio!
Mário L. Soares
Bato a porta devagar,
Olho só mais uma vez
Como é tão bonita esta avenida...
É o cais. Flor do cais:
Águas mansas e a nudez
Frágil como as asas de uma vida
É o riso, é a lágrima
A expressão incontrolada
Não podia ser de outra maneira
É a sorte, é a sina
Uma mão cheia de nada
E o mundo à cabeceira
Mas nunca
Me esqueci de ti
Não nunca
Me esqueci de ti
Eu nunca
Me esqueci de ti
Não nunca
Me esqueci de ti
Tudo muda, tudo parte
Tudo tem o seu avesso.
Frágil a memória da paixão...
É a lua. Fim da tarde
É a brisa onde adormeço
Quente como a tua mão
Mas nunca
Me esqueci de ti
Não nunca
Me esqueci de ti
Não nunca
Me esqueci de ti
Eu nunca
Me esqueci de ti
Rui Veloso
(interpretado por Mia Rose)
Ah! Não me enterrem vivo!
Não me fechem num caixão com o silêncio.
Ao lado do Grito.
Quando eu morrer
estendam-me numa rocha nua.
E deixem-me ser devorado pelas pedras.
Pelos bicos das nuvens.
Morte é liberdade.
Ar.
José Gomes Ferreira
Não posso adiar o amor para outro século
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas
Não posso adiar este abraço
que é uma arma de dois gumes
amor e ódio
não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação
não posso adiar o coração
António Ramos Rosa
Chegamos ontem aos 40000 visitantes diferentes!!! Isto desde Janeiro de 2008! O visitante nº 40000 visitou-nos às 17h46 horas de ontem, desde Porto de Mós - Leiria! Obrigado caro amigo(a) - Volte sempre!
Quem diria que chegavamos aqui?!
Obrigado a todos.
Mário L. Soares
Onda a onda o desejo no
teu rosto de mágoas e de torres
levemente descaídas para
onde não sei se nasces ou se morres
quando os meus dedos cítara a cítara
tocam a música do teu corpo nu
lá onde os teus mistérios serão meus
e chegarei às margens onde tu
talvez então me digas quem é Deus.
Manuel Alegre
Saying I love you
Is not the words I want to hear from you
It's not that I want you
Not to say, but if you only knew
How easy it would be to show me how you feel
More than words is all you have to do to make it real
Then you wouldn't have to say that you love me
Cos I'd already know
What would you do if my heart was torn in two
More than words to show you feel
That your love for me is real
What would you say if I took those words away
Then you couldn't make things new
Just by saying I love you
More than words
Now I've tried to talk to you and make you understand
All you have to do is close your eyes
And just reach out your hands and touch me
Hold me close don't ever let me go
More than words is all I ever needed you to show
Then you wouldn't have to say that you love me
Cos I'd already know
What would you do if my heart was torn in two
More than words to show you feel
That your love for me is real
What would you say if I took those words away
Then you couldn't make things new
Just by saying I love you
More than words
Extreme
Absolutamente impressionante…
Quando o ser humano quer pode fazer coisas fantásticas e lindas. É tão melhor fazer isto do que o mal, certo?
Vamos todos olhar para o mundo de uma maneira diferente, ok? Vamos olhá-lo com confiança, com amor e esperança, que esta noite (ou este dia) seja uma boa noite (ou dia).
Mário L. Soares
(Sonho de ver o mundo parado)
Casa.
Aqui o sonho é mais exacto,
quase real
— espanto de fluido e cal.
Encosto a face
ao vidro da chuva
com a sensação quente do abandono
que me esfria a cara.
Lá fora o vento desfaz-se.
E os homens, os prédios, os mortos
vogam no sono...
Cá dentro
por um momento
tudo pára.
José Gomes Ferreira
Que faz haver dor dentro de nós?
Impulsos externos ou internos
Ou ambos…
Seja excruciante
Irritante
Lancinante
Relaxante
Ou outra que a nós perante
Nos faça andar aos tombos,
Curvar o corpo, gritar aos infernos!
Queremos que nos deixe sós…
Porque razão existe, eis a questão!
É necessário encontrar a origem
O ponto fulcral…
Seja hereditária
Necessária
Diária
Embrionária
Ou outra de origem revolucionária
Seja de que sítio venha o mal,
Acabemos com as coisas que nos afligem!
Abandonar o sofrimento é a nossa obrigação…
O ponto a ver como remediar
Iluministica ou empiricamente
É premente a acção…
Seja interventiva
Coerciva
Evasiva
Invasiva
Ou outra pura e simplesmente passiva
Sem duvida temos que lhe por a mão
De uma forma brusca ou suavemente
Não há maneira de evitar
Pensaremos porém, sempre
Que outro remédio podia ter sido melhor
Mas o que é certo é mesmo que não…
Tenha matado
Estropiado
Invalidado
Inabilitado
Ou por outra forma adulterado
A verdade é que usando a razão
Não agir quando tortura o sofredor
É bem pior e é demente.
Mário L. Soares
(amigos com 16 anos em média proprietários e locutores de uma rádio local pirata de grande sucesso na margem sul)
Lembranças, meu Deus…
Que lembranças tenho,
De tudo e de todos os meus,
Em mim marcadas em estanho.
Lembro amigos que cá ficam,
Dos risos e bons momentos,
Tenho os maus para contradição,
Do choro e dos lamentos.
Lembro festas de arrepiar,
Com bebida e muita dança,
De boas comidas manjar,
Rebolar ao encher a pança.
Lembro trabalho e também lazer,
Viagens e muito passeio,
Beleza e grandeza que me deu prazer,
Tudo isto, trago em meu seio.
Lembro os beijos e abraços,
Tenho em mim as despedidas,
No coração levo os amassos
Das noites de amor perdidas.
Lembro as lágrimas que sofri,
De amores que já foram,
As promessas que já perdi…
Das vidas que me marcaram.
Guardo-as dentro de mim,
São minhas, só eu as posso ter,
Tenho-as com carinho, assim…
Espero nunca as perder…
Mário L. Soares
Sitios interessantes (ou não)
CDS - Centro Democrático Social
Não asses mais carapaus fritos
PCP - Partido Comunista Português
PSD - Partido Social Democrata
Vida de um Português - grande brother!
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