Terça-feira, 30 de Junho de 2009

Pra dizer adeus

 

 

Eu não sei se é o acaso que sabe seduzir, ou se é o encontro entre duas possibilidades cortantes, jamais saciadas, que nos faz violentar o pacato sossego do casto, em prol da urgente e consentida arrogância de querer. Agora, quiçá pra sempre! O querer é violento e rouba fidelidade das mais nobres intenções. Estupor para com o pecado alheio. Em sendo o nosso, não haverá nunca demérito numa cama dividida. E bem dividida! "Te acaricio a margem neutra dos cabelos enquanto te lambo a virilha". A frase aquecida de sentido-instinto é feto de desenvolvimento instantâneo: já nasce na concepção. E tua pressa dentro de mim rosnando amanhãs. E tudo mais é o amanhã. Caminhos supostos, valores imbricados uns nos outros, como as telhas de um telhado, ou as escamas do peixe. A pressa de dizer o que é o certo, enquanto se tira a roupa de baixo para o banho. Não haverá crime de que eu não me arrependa. Não haverá crime que eu não volte a cometer. É lancinante o verbo da manhã acordando o sol num despertar magnífico de pássaros; meio raio, meio gente, instigando o teu jeito manso de me dizer sim. À borda do cálice de intrigas, peço um espumante e trago comigo a fumaça do grito de alerta. Ontem à noite foi ontem à noite. Resta o amanhã entre o ontem e o presente. Eu vou ser é mais elipse, mais anacoluto, esquecer a condicional porque se eu te merecesse, eu não te idealizaria. E as cortinas ventam soluços esquecidos num momento de senão. E a horda toda roça esse emplastro-medo de viver na cara da gente. Medicamento que amolece e adere no corpo, adere na alma, mas não se converte no remendo que remendei. Remédio fajuto. Há de ser o medo do sono, o medo de sonhar. Uso minha cama pra dizer adeus. E vou.

 

Beta

 

publicado por Lagash às 16:06
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Segunda-feira, 29 de Junho de 2009

Hora Nostálgica #1 - Só gosto de ti

 

 

Sentado no cais

E ver ao longe o mar

E a ponte sobre o Tejo

Se é tão bonito

É por causa de ti

E deste meu desejo

Afinal vale a pena

Pensar em mais ninguém!

 

Só gosto de ti

Porquê?! Não sei

Mas estou bem assim

E tu também!

 

Ali vai o paquete

Aqui passa o navio

Lá vão eles viajar

Se tu aqui estivesses

Gostavas como eu

Gostavas de os ver passar

Afinal vale a pena

Pensar em mais ninguém!

 

Só gosto de ti

Porquê?! Não sei

Mas estou bem assim

E tu também!

 

Lá, lá, lá, lá , lá, lá , lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá...

 

Só gosto de ti

Porquê?!... Não sei

Mas estou bem assim

E tu também!

 

Heróis do mar

 

publicado por Lagash às 16:15
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Domingo, 28 de Junho de 2009

Soneto da fidelidade

 

 

De tudo, ao meu amor serei atento

Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto

Que mesmo em face do maior encanto

Dele se encante mais meu pensamento.

 

Quero vivê-lo em cada vão momento

E em seu louvor hei de espalhar meu canto

E rir meu riso e derramar meu pranto

Ao seu pesar ou seu contentamento.

 

E assim, quando mais tarde me procure

Quem sabe a morte, angústia de quem vive

Quem sabe a solidão, fim de quem ama

 

Eu possa (me) dizer do amor (que tive):

Que não seja imortal, posto que é chama

Mas que seja infinito enquanto dure.

 

Vinícius de Moraes

 

publicado por Lagash às 16:13
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Sábado, 27 de Junho de 2009

Querem que eu dê aulas!?

 

(sala de aula na Universidade do Porto) 

 

 

Faço projectos, planos, planificações;

Sou membro de assembleias, conselhos, reuniões;

Escrevo actas, relatórios e relações;

Faço inventários, requerimentos e requisições;

Escrevo actas, faço contactos e comunicações;

Consulto ordens de serviço, circulares, normativos e legislações;

Preencho impressos, grelhas, fichas e observações;

Faço regimentos, regulamentos, projectos, planos, planificações;

Faço cópias de tudo, dossiers, arquivos e encadernações;

Participo em actividades, eventos, festividades e acções;

Faço balanços, balancetes e tiro conclusões;

Apresento, relato, critico e envolvo-me em auto-avaliações;

Defino estratégias, critérios, objectivos e consecuções;

Leio, corrijo, aprovo, releio múltiplas redacções;

Informo-me, investigo, estudo, frequento formações;

Redijo ordens, participações e autorizações;

Lavro actas, escrevo, participo em reuniões;

E mais actas, planos, projectos e avaliações;

E reuniões e reuniões e mais reuniões!...

 

E depois ouço,

alunos, pais, coordenadores, directores, inspectores,

observadores, secretários de estado, a ministra

e, como se não bastasse, outros professores,

e a ministra!...

 

Elaboro, verifico, analiso, avalio, aprovo;

Assino, rubrico, sumario, sintetizo, informo;

Averiguo, estudo, consulto, concluo,

Coisas curriculares, disciplinares, departamentais,

Educativas, pedagógicas, comportamentais,

De comunidade, de grupo, de turma, individuais,

Particulares, sigilosas, públicas, gerais,

Internas, externas, locais, nacionais,

Anuais, mensais, semanais, diárias e ainda querem mais?

 

- Querem que eu dê aulas!?...

 

(desconheço o autor do texto)

 

Não querendo politizar um bom texto e sem concordar com algumas manifs que se têm feito, sem qualquer alternativa ao mau sistema existente, nem a outra alternativa à nova introduzida, não pude deixar de publicar esta tão pertinente opinião sobre (um / este) sistema de ensino.

 

A todos os professores, os meus cumprimentos.

 

Mário L. Soares

 

publicado por Lagash às 16:26
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Sexta-feira, 26 de Junho de 2009

Morte de Michael Jackson

Morreu na noite de ontem (25 de Junho de 2009) Michael Jackson. Descanse em paz.

 

 

 

 

Naku penda piya-naku taka

Piya-mpenziwe

(I love you too-I want you

Too-my love)

 

Liberian girl . . .

You came and you changed

My world

A love so brand new

Liberian girl . . .

You came and you changed

Me girl

A feeling so true

 

Liberian girl

You know that you came

And you changed my world,

Just like in the movies,

With two lovers in a scene

And she says . . .

Do you love me

And he says so endlessly . . .

I love you, Liberian girl

 

Naku penda piya-naku taka

Piya-mpenziwe

 

Liberian girl . . .

More precious than

Any pearl

Your love so complete

Liberian girl . . .

You kiss me then,

Ooh, the world

You do this to me

 

Liberian girl

You know that you came

And you changed my world,

Just like in the movies,

With two lovers in a scene

And she says,

 

Do you love me

And he says so endlessly

I love you, Liberian girl

Naku penda piya-naku taka

Piya-mpenziwe

 

Liberian girl

You know that you came

And you changed my world,

I wait for the day,

When you have to say

I do,

And Ill smile and say it too,

And forever well be true

I love you, Liberian girl,

All the time

 

I love you Liberian girl,

All the time

 

Michael Jackson

 

Michael, mesmo com toda a polémica que a tua vida envolveu, seja pela cor da pele ou a falta dela, escândalos, o rancho “neverland” ou outras extravagâncias, não posso deixar de lembrar que marcaste a tua passagem pela minha vida com a tua música e com a tua imagem. Quem não se lembra do thriller e do seu vídeo clip (teledisco) fantástico? Quem não lembra com saudade os teus gritinhos histéricos nas músicas? Quem não recorda com nostalgia o “We are the world”?

 

Foi-se um homem único e fica outra obra tão única como ele.

 

R.I.P. – Rest In Peace Michael.

 

Mário L. Soares

 

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Quinta-feira, 25 de Junho de 2009

Não partas já

 

 

Não partas já. Fica até onde a noite se dobra

para o lado da cama e o silêncio recorta

as margens do tempo. É aí que os livros

começam devagar e as cores nos cegam

e as mãos fazem de norte na viagem. Parte apenas

quando amanhã se ferir nos espelhos do quarto

em estilhaços de luz; e um feixe de poeiras

rasgar as janelas como uma ave desabrida.

Alguém murmurará então o teu nome, vagamente,

como a gastar os dedos na derradeira página.

E então, sim, parte, para que outra história se

invente mais tarde, quando os pássaros gritarem

à primeira lua e os gatos se deitarem sobre

o muro, de olhos acesos, fingindo que perguntam.

 

Maria do Rosário Pedreira

 

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Quarta-feira, 24 de Junho de 2009

Carta (esboço)

 

 

Lembro-me agora que tenho de marcar um

encontro contigo, num sítio em que ambos

nos possamos falar, de facto, sem que nenhuma

das ocorrências da vida venha

interferir no que temos para nos dizer. Muitas

vezes me lembrei que esse sítio podia

ser, até, um lugar sem nada de especial,

como um canto de café, em frente de um espelho

que poderia servir até de pretexto

para reflectir a alma, a impressão da tarde,

o último estertor do dia antes de nos despedirmos,

quando é preciso encontrar uma fórmula que

disfarce o que, afinal, não conseguimos dizer. É

que o amor nem sempre é uma palavra de uso,

aquela que permite a passagem à comunicação

mais exacta de dois seres, a não ser que nos fale,

de súbito, o sentido da despedida, e cada um de nós

leve, consigo, o outro, deixando atrás de si o próprio

ser, como se uma troca de almas fosse possível

neste mundo. Então, é natural que voltes atrás e

me peças: «Vem comigo!», e devo dizer-te que muitas

vezes pensei em fazer isso mesmo, mas era tarde,

isto é, a porta tinha-se fechado até outro

dia, que é aquele que acaba por nunca chegar, e então

as palavras caem no vazio, como se nunca tivessem

sido pensadas. No entanto, ao escrever-te para marcar

um encontro contigo, sei que é irremediável o que temos

para dizer um ao outro: a confissão mais exacta, que

é também a mais absurda, de um sentimento; e, por

trás disso, a certeza de que o mundo há-de ser outro no dia

seguinte, como se o amor, de facto, pudesse mudar as cores

do céu, do mar, da terra, e do próprio dia em que nos vamos

encontrar; que há-de ser um dia azul, de verão, em que

o vento poderá soprar do norte, como se fosse daí

que viessem, nesta altura, as coisas mais precisas,

que são as nossas: o verde das folhas e o amarelo

das pétalas, o vermelho do sol e o branco dos muros.

 

Nuno Júdice

 

publicado por Lagash às 16:16
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Terça-feira, 23 de Junho de 2009

Um nome escrito no tempo

 

(foto de Janosch Simon) 

 

 

Teu nome antes mesmo do caderno

teu nome na negra lousa eu o escrevi

eu o escrevi e apaguei e se perdeu e renasceu

teu nome efémero teu nome eterno

teu nome onde eras tu mesmo sem ti

teu nome eu o escrevi eu o perdi

teu nome que saiu das folhas para o mundo

apesar da tinta que lentamente esmaeceu

teu nome eu o escrevi e se inscreveu

de tal modo dentro de mim tão fundo

que já não sei se és tu ou eu.

 

Teu nome em toda a parte eu o escrevi

nas árvores nas águas nas areias

no caderno e na lousa o andei compondo

no sangue que circula em minhas veias

teu nome eu o perdi eu o perdi

e quando o chamo eu mesmo é que respondo.

 

Manuel alegre

 

publicado por Lagash às 16:05
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Segunda-feira, 22 de Junho de 2009

Quem disse que não temos talentos? #12 Dá-me sede

 

 

Dá-me sede

Dá-me voz

Dá-me algo que te prenda

 

Traz-me sono

Traz-te a ti

Traz-me algo, estou sem tempo

 

E quando estou contigo és quem me faz parar de respirar

E quando estás comigo és tudo o que há em mim

Quero-te assim

Quero-te só pra mim

Quero-te só pra mim

 

Faz-me fraco

Faz-me rir

Faz algo mais que fugir

 

Traz-me medo

Traz-te a ti

Traz-me algo, estou sem tempo

 

E quando estou contigo és quem me faz parar de respirar

E quando estás comigo és tudo o que há em mim

Quero-te assim

Quero-te só pra mim

Quero-te só pra mim

 

E quando estou contigo és quem me faz parar de respirar

E quando estás comigo és tudo o que há em mim

Quero-te assim

Quero-te só pra mim

Quero-te só pra mim

 

Quero-te só pra mim...

 

Pedro Khima

 

publicado por Lagash às 16:16
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Domingo, 21 de Junho de 2009

Soneto 17

 

 

Se te comparo a um dia de verão

És por certo mais belo e mais ameno

O vento espalha as folhas pelo chão

E o tempo do verão é bem pequeno.

 

Ás vezes brilha o Sol em demasia

Outras vezes desmaia com frieza;

O que é belo declina num só dia,

Na terna mutação da natureza.

 

Mas em ti o verão será eterno,

E a beleza que tens não perderás;

Nem chegarás da morte ao triste inverno:

 

Nestas linhas com o tempo crescerás.

E enquanto nesta terra houver um ser,

Meus versos vivos te farão viver.

 

William Shakespeare

 

publicado por Lagash às 16:03
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Sexta-feira, 19 de Junho de 2009

Invenção

 

("Maja desnuda" de Goya) 

 

 

Se é por mim que traço

o teu retrato,

a sobrancelha, a boca

o pensamento

 

É por ti, também

que já o guardo

e o demoro naquilo que eu

invento

 

A mão descida ali

o ombro inclinado

 

Os dedos descuidados

o gesto de que me lembro

 

Se é por mim que faço

o teu retrato

dizendo de ti mais do que

entendo

 

É por ti que o testemunho

e faço:

o nariz, a face dissimulando os dentes

 

Deixo para o fim os lábios

os olhos deste mar

com a cor do luar

a meio de Agosto

 

Se desvendo de ti o sol-posto

é porque vejo o coração

amar

e nada mais me dá tamanho gosto

 

Maria Teresa Horta

 

publicado por Lagash às 16:15
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Quinta-feira, 18 de Junho de 2009

Ne me quitte pas

 

 

Ne me quitte pas

Il faut oublier

Tout peut s'oublier

Qui s'enfuit déjà

Oublier le temps

Des malentendus

Et le temps perdu

A savoir comment

Oublier ces heures

Qui tuaient parfois

A coups de pourquoi

Le cœur du bonheur

Ne me quitte pas

Ne me quitte pas

Ne me quitte pas

Ne me quitte pas

 

Moi je t'offrirai

Des perles de pluie

Venues de pays

Où il ne pleut pas

Je creuserai la terre

Jusqu'après ma mort

Pour couvrir ton corps

D'or et de lumière

Je ferai un domaine

Où l'amour sera roi

Où l'amour sera loi

Où tu seras reine

Ne me quitte pas

Ne me quitte pas

Ne me quitte pas

Ne me quitte pas

 

Ne me quitte pas

Je t'inventerai

Des mots insensés

Que tu comprendras

Je te parlerai

De ces amants-là

Qui ont vu deux fois

Leurs cœurs s'embraser

Je te raconterai

L'histoire de ce roi

Mort de n'avoir pas

Pu te rencontrer

Ne me quitte pas

Ne me quitte pas

Ne me quitte pas

Ne me quitte pas

 

On a vu souvent

Rejaillir le feu

D'un ancien volcan

Qu'on croyait trop vieux

Il est paraît-il

Des terres brûlées

Donnant plus de blé

Qu'un meilleur avril

Et quand vient le soir

Pour qu'un ciel flamboie

Le rouge et le noir

Ne s'épousent-ils pas

Ne me quitte pas

Ne me quitte pas

Ne me quitte pas

Ne me quitte pas

 

Ne me quitte pas

Je ne vais plus pleurer

Je ne vais plus parler

Je me cacherai là

A te regarder

Danser et sourire

Et à t'écouter

Chanter et puis rire

Laisse-moi devenir

L'ombre de ton ombre

L'ombre de ta main

L'ombre de ton chien

Ne me quitte pas

Ne me quitte pas

Ne me quitte pas

Ne me quitte pas

 

Jacques Brel

 

publicado por Lagash às 16:05
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Quarta-feira, 17 de Junho de 2009

Age!

 

 

O que quer que faças, fá-lo com garra, com vontade, com determinação e querer. A diferença entre o ir fazer, o fazer e o estar feito, é o tempo, e esse tempo deve ser passado da melhor maneira possível porque tudo é o que fazes. Todo tempo que passa é o tempo que tu passas. Todos os momentos que passam são os momentos teus que tu passas. Tudo o que é feito é o que tu fazes. Não serás digno de fazer coisas bem feitas? E saboreá-las?

 

Faz de ti o melhor que podes, pois és aquilo que fazes e o que tu fazes é o que és. A tua acção traduz em concreto o teu pensamento. Se pensas no bem, fazes coisas boas. Se pensas no mal, não o devias…

 

És tu o motor da tua vida. A tua vida é os momentos que tens, com as pessoas e coisas com que interages. É o que lês e comes. O que bebes e vês. O que ouves e sentes. O que beijas e amas. Faz valer o teu motor.

 

Mas faz… não pares porque não queres falhar. Falha, faz e repete, se puderes. Se não puderes, faz na mesma. Parte os copos que tiveres que partir, mas não deixes de beber o teu vinho com o medo de os partir, porque o teu copo é apenas o recipiente que usas para transportar o teu vinho. Não lhe dês demasiada importância.

 

Age!

 

Mário L. Soares

 

publicado por Lagash às 16:08
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Terça-feira, 16 de Junho de 2009

La Foule

 

 

Je revois la ville en fête et en délire

Suffoquant sous le soleil et sous la joie

Et j'entends dans la musique les cris, les rires

Qui éclatent et rebondissent autour de moi

Et perdue parmi ces gens qui me bousculent

Étourdie, désemparée, je reste là

Quand soudain, je me retourne, il se recule,

Et la foule vient me jeter entre ses bras...

Emportés par la foule qui nous traîne

Nous entraîne

Écrasés l'un contre l'autre

Nous ne formons qu'un seul corps

Et le flot sans effort

Nous pousse, enchaînés l'un et l'autre

Et nous laisse tous deux

Épanouis, enivrés et heureux.

Entraînés par la foule qui s'élance

Et qui danse

Une folle farandole

Nos deux mains restent soudées

Et parfois soulevés

Nos deux corps enlacés s'envolent

Et retombent tous deux

Épanouis, enivrés et heureux...

Et la joie éclaboussée par son sourire

Me transperce et rejaillit au fond de moi

Mais soudain je pousse un cri parmi les rires

Quand la foule vient l'arracher d'entre mes bras...

Emportés par la foule qui nous traîne

Nous entraîne

Nous éloigne l'un de l'autre

Je lutte et je me débats

Mais le son de sa voix

S'étouffe dans les rires des autres

Et je crie de douleur, de fureur et de rage

Et je pleure...

Entraînée par la foule qui s'élance

Et qui danse

Une folle farandole

Je suis emportée au loin

Et je crispe mes poings, maudissant la foule qui me vole

L'homme qu'elle m'avait donné

Et que je n'ai jamais retrouvé...

 

Édith Piaf (interpretado por Wende Snijders)

 

 

 (foto por Jaap Reedijk)

publicado por Lagash às 16:07
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Segunda-feira, 15 de Junho de 2009

Quem disse que não temos talentos? #11 Entre o sol e a lua

 

 

 

Se hoje te dissesse que o sol brilha só para ti

Que as nuvens partiram e levaram a sombra que nos

tentou afastar.

O dia vai acabar

Vou oferecer-te o luar

Porque o céu não é de ninguém.

 

Vem comigo esta noite

Vem comigo esta noite

Agarra a minha mão, dou-te estrelas, o luar.

Se isso não chegar, ouve bem esta canção.

Hoje dou-te o meu coração.

 

 

Se eu pudesse voltar atrás no tempo

Tinha te dito que a terra gira por ti

O dia vai acabar

Vou oferecer-te o luar

Porque o céu não é de ninguém

Hum Hum

Tenho que te dizer

Hum Hum

Tenho tanto para te dizer

 

Vem comigo esta noite

Vem comigo esta noite

Agarra a minha mão, dou-te estrelas, o luar.

Se isso não chegar ouve bem esta canção

Hoje dou-te...

Hoje dou-te...

Hoje dou-te o meu coração.

 

Ricardo Azevedo

 

publicado por Lagash às 16:03
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Declaração

Declaro que a responsabilidade de todos os textos / poesia / prosa publicados é minha no respeitante à transcrição dos mesmos. Faço todos os possíveis para contactar o(s) autor(es) dos trabalhos a fim de autorizarem a publicação, na impossibilidade de o fazer, caso assim o entenda o autor ou representante legal deverá contactar-me a fim de que o mesmo seja retirado - o que será feito assim que receba a informação. Os trabalhos assinados "Mário L. Soares" são de minha autoria e estão protegidos com a lei dos direitos de autor vigente. Quanto às fotografias, todas, cujo autor não esteja identificado, são de "autor desconhecido" - caso surja o respectivo autor de alguma, queira por favor contactar-me para proceder à sua identificação e se for caso disso retirada do blog. Às restantes fotografias aplicarei o mesmo princípio dos trabalhos escritos. Obrigado. Mário L. Soares - lagash.blog@sapo.pt

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