Administração do tempo. Como dividir as tarefas diárias. Definição de prioridades.
Um tema fantástico pelo Mário Persona.
Muito bom - para ver ouvir e aprender.
Mário L. Soares
Deus é maneta
diz Saramago
só tem a mão direita
à direita da qual todos se sentam
Eu canto a outra mão de Deus
a que traz o Diabo pela trela
a que por vezes puxa para o outro lado
e escreve sempre por linhas tortas
a mão esquerda de Deus
a mão de sombra a mão do medo
a mão do nada
a mais perigosa mão de Deus
aquela que de repente solta o espírito
o enxofre a guerra o vento mau.
É a mão esquerda de Deus que aperta o coração
acelera o pulso
desarticula o ritmo.
Os poetas estão sentados à esquerda da mão esquerda
de Deus
até mesmo Antero.
É com ela que Deus abana o Mundo
com sua chuva e com seu fogo
sua onda gigante e seu terrível
terramoto.
Não é verdade que Deus seja maneta
Deus é canhoto.
Manuel Alegre
Revoltam-se as entranhas
do meu mais podre ser!
Ranjo os dentes de aversão de tudo!
Quero que os céus se encerrem
e caia sobre as nossas cabeças o universo!
Estou à beira do grito.
Que asco!
Quero que o cosmos exploda!
Que se lixe o Freeport
e a Casa Pia, a inflação e a deflação!
Que se deleitem o Soares Franco
e o Dias da Cunha!
Que ecluda a Manuela Moura Guedes
e o José Eduardo Moniz!
Que se amem loucamente o Socrates,
a Manuela Ferreira Leite e o Paulo Portas,
todos juntos em real e nojenta orgia!
Estou-me realmente nas tintas para o Benfica,
o Porto, o Sporting, o Ronaldo e o Estrela da Amadora!
Quero que o Aníbal Cavaco Silva vá nutrir-se de bolo-rei
fora de prazo, repleto de formigas,
para a entrada do centro dos Anjos.
Quero que o Ricardo Espírito Santo e os Champalimaud vão comer
onde quiserem – porque podem – e tenham uma dor de barriga.
Desapareçam! Desapareça Sr. Guarda!
E que todos os vampiros de hoje vão sugar
o sangue das suas mãezinhas que os aleitaram.
Que as grandes meretrizes que estão por traz
de todos os grandes homens e imensas mulheres,
apodreçam, em nauseabundo cheiro,
em secas poças de sémen de cavalo!
E que todos os que cuidam que me passei
dos carretos, enlouqueçam eles próprios!
Que morra a falsidade e a mentira!
Que se reduzam à sua insignificância
os cobardes medrosos e merdosos!
Ufa. Pronto já está…
Mário L. Soares
O disco do projecto “Amália Hoje” chega HOJE às lojas. Este projecto conta com a participação de Sónia Tavares e Nuno Gonçalves dos The Gift, Fernando Ribeiro dos Moonspell e Paulo Praça. A considerar pelo tema já conhecido “Gaivota” está muito bom. Recomendo.
Para ver e ouvir, deixo a nova e a antiga versão.
Mário L. Soares
Gaivota
Se uma gaivota viesse
Trazer-me o céu de Lisboa
No desenho que fizesse,
Nesse céu onde o olhar
É uma asa que não voa,
Esmorece e cai no mar.
Que perfeito coração
No meu peito bateria,
Meu amor na tua mão,
Nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração.
Se um português marinheiro,
Dos sete mares andarilho,
Fosse quem sabe o primeiro
A contar-me o que inventasse,
Se um olhar de novo brilho
No meu olhar se enlaçasse.
Que perfeito coração
No meu peito bateria,
Meu amor na tua mão,
Nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração.
Se ao dizer adeus à vida
As aves todas do céu,
Me dessem na despedida
O teu olhar derradeiro,
Esse olhar que era só teu,
Amor que foste o primeiro.
Que perfeito coração
Morreria no meu peito,
Meu amor na tua mão,
Nessa mão onde perfeito
Bateu o meu coração.
Alexandre O'Neill / Alain Oulman
(Ermelinda Miranda & Joaquim Soares)
Pai e Mãe. Habituamo-nos a tê-los como certos. Certos também estamos, que todos no mundo têm Pai e Mãe. Com certeza, nunca nos vão faltar. Há alturas em que pensamos, em egoísmo, que não nos fazem falta, ou que incomodam, ou que não sabem nada.
Todos nós erramos. Não me estou a referir ao nosso Pai e nossa Mãe – sei que também erram – mas não é a eles que me refiro. É a nós. Sim, os filhos, esses que têm que passar a olhar mais criticamente para si próprios e procurar os erros nos próprios umbigos. O nosso erro primário é pensarmos que o erro está no outro – isto acontece, tanto com pais, como com filhos e tios e irmãos e amigos. O que é importante é percebermos que é importante e mais necessário corrigirmo-nos a nós próprios primeiro e só depois olharmos os outros, tendo depois um cuidado especial com os outros particularmente se esses outros são quem nos pôs no mundo.
O Pai e a Mãe, não são eternos, são humanos, e não estão lá sempre para nós. Têm vida própria e vontade própria. E vai haver alturas em que nos vão faltar. Ou porque já não estão neste mundo, ou porque não puderam fazer melhor. Com toda a certeza, se nos falham, não é por vontade própria, ou até mesmo se é, fá-lo-ão para permitir um crescimento da nossa personalidade e espírito, em jeito de ensinamento.
Há também, quem, que tendo Pai e Mãe (porque são imprescindíveis na concepção humana), não os têm na verdadeira acepção da palavra. Seja porque estes os abandonaram, faleceram, não sabem que os geraram, ou estão ausentes em espírito e não cumprem o seu papel. Poderão, se assim for, esses filhos, ter alguém ou algo que possa de alguma forma os substituir, seja um Pai ou uma Mãe adoptiva, que pode ser um avô ou avó, tio ou tia, ou amigo, ou um puro desconhecido, que a dada altura passa a ter o papel de Pai ou Mãe, ou até um ser supremo objecto de crença que possa de alguma forma ser. De qualquer forma, há quem não os tenha. Deve ser muito doloroso a falta do Pai e da Mãe. Não consigo descrever o que será. Assusta-me até essa possibilidade, o que me diz também que não estou preparado para a certa eventualidade sua partida.
O saber de um Pai e Mãe, é limitado. Sim, é. Mas é também limitada a própria pessoa. Apenas somos até ao limite do ser, não mais. Não passamos para a etérea forma intangível antes de deixarmos o invólucro que transportamos. Somos até deixarmos de ser, e se continuamos a ser, sê-lo-emos lá, depois do “ser” cá. E cá temos um finito tempo que nos limita em tudo, inclusive no saber. Sabemos a soma de todas as coisas que aprendemos mais o que já trazíamos, menos o que esquecemos, e menos o que não queremos saber ou escondemos. Como tal, os nossos progenitores, como mais velhos (já cá estavam quando chegamos) têm um percurso mais longo de aprendizagem, e assim uma probabilidade maior de ter uma soma de coisas sabidas maior do que a nossa. E mesmo que assim não o seja, pela qualidade das coisas aprendidas ser inferior, ou por qualquer adversidade que contrarie a regra, deverão ser respeitados como Pai e Mãe, que são, e que primeiro que tudo, souberam-nos conceber e criar e deram nos seus genes a grande parte do que somos hoje e nos define como humanos para sempre. Isso é por si só um grande saber.
O Pai e a Mãe, os nossos pais, são únicos. Merecem a nossa admiração, amizade, carinho e amor.
Eu e a minha irmã, temos os melhores Pai e Mãe do mundo.
Tiveram e têm divergências, são duas pessoas diferentes em muita coisa e iguais em tantas outras. Sabem muito de tudo e são bons companheiros um do outro, dos filhos e neto que os amam. Gostam um do outro, ainda que digam que não se suportam. Têm uma relação de necessidade mútua, de compensação e de complementaridade. São completamente dependentes um do outro e ao mesmo tempo completamente independentes. A sua vida é como um constante colocar na balança dos prós e contras de tudo o que fazem. Justiça, vontade, dedicação, força, saber, espírito de sacrifício são expressões que sempre me habituei a ouvir em casa. São um exemplo para a longevidade no casamento e relacionamento. Sabem estar, como marido e mulher e como amigos, mesmo após tantos anos.
Hoje é o 50º aniversário do seu casamento. Foi no dia 26 de Abril de 1959 em Marinhais.
Parabéns aos dois.
Será difícil talvez humanamente impossível, não sei, mas gostava de terminar dizendo:
“Venham mais 50!”
Mário L. Soares
Depois da fome, da guerra
da prisão e da tortura
vi abrir-se a minha terra
como um cravo de ternura.
Vi nas ruas da cidade
o coração do meu povo
gaivota da liberdade
voando num Tejo novo.
Agora o povo unido
nunca mais será vencido
nunca mais será vencido
Vi nas bocas vi nos olhos
nos braços nas mãos acesas
cravos vermelhos aos molhos
rosas livres portuguesas.
Vi as portas da prisão
abertas de par em par
vi passar a procissão
do meu país a cantar.
Agora o povo unido
nunca mais será vencido
nunca mais será vencido
Nunca mais nos curvaremos
às armas da repressão
somos a força que temos
a pulsar no coração.
Enquanto nos mantivermos
todos juntos lado a lado
somos a glória de sermos
Portugal ressuscitado.
Agora o povo unido
nunca mais será vencido
nunca mais será vencido.
José Carlos Ary dos Santos
Caxias, 26 de Abril de 1974
Precisamente às 00h20 e 19 segundos, (faz hoje e agora 35 anos) a segunda senha para a revolução dos cravos foi transmitida pela Rádio Renascença.
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade
Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada esquina, um amigo
Em cada rosto, igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto, igualdade
O povo é quem mais ordena
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola, a tua vontade
Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
José Afonso
Precisamente às 22h55 do dia 24 de Abril de 1974,(faz hoje e agora 35 anos) a primeira senha para a revolução dos cravos foi transmitida pela Rádio Renascença.
Foi o “E depois do Adeus” de Paulo de Carvalho.
Mais um artigo de opinião de Mário Persona. Desta vez sobre Criatividade.
Para os criativos e para os não criativos, do ponto de vista pessoal e empresarial.
Para ver, ouvir e aprender.
Mário L. Soares
É necessário amar,
qualquer coisa, ou alguém;
o que interessa é gostar
não importa de quem.
Não importa de quem,
nem importa de quê;
o que interessa é amar
mesmo o que não se vê.
Pode ser uma mulher,
uma pedra, uma flor,
uma coisa qualquer,
seja lá o que for.
Pode até nem ser nada
que em ser se concretize,
coisa apenas pensada,
que a sonhar se precise.
Amar por claridade,
sem dever a cumprir;
uma oportunidade
para olhar e sorrir.
Amar como o homem forte
só ele sabe e pode-o;
amar até à morte,
amar até ao ódio.
Que o ódio, infelizmente,
quando o clima é de horror,
é forma inteligente
de se morrer de amor.
António Gedeão
Para os caros leitores que queiram ver-me actuar, podem fazê-lo amanhã 24 de Abril, pelas 22h00, na Casa da Cultura de Loulé, Edifício Duarte Pacheco na Praça da República em Loulé (mesmo em frente ao edifício principal da Câmara Municipal de Loulé), na peça de teatro “E foi assim que Abril chegou…” que consiste num trabalho colectivo do T.A.L. – Teatro Análise de Loulé, de que faço parte.
Estreámos esta peça em Maio de 1999 e vamos repô-la agora. Estará, provavelmente, apenas amanhã em cena – será portanto uma oportunidade única de a ver.
Aconselho a todos que reservem ou comprem os bilhetes com antecedência, já que a sala é pequena e esgotará facilmente.
Os contactos da CCL são:
Casa da Cultura de Loulé:
Telefone: 289 41 58 60
Fax: 289 41 58 60
E-mail: ccloule@ccloule.com
Web: www.ccloule.com
Horário de funcionamento:
das 10h às 13h e das 15h às 19h
de Segunda a Sexta-Feira
Localização:
Edifício Duarte Pacheco nº 36, 1º
Praça da República
8100-269 Loulé
Espero que gostem.
Mário L. Soares
O Dia Internacional da Terra e do Património Geológico, foi instituído pelo senador americano Gaylord Nelson, (país que não assinou o acordo de Kioto e que contribui em muito para o degradar da Natureza mundial), no dia 22 de Abril de 1970.
Todos devemos contribuir para melhorar a nossa casa. É nela que vivemos e temos a responsabilidade e dever de a preservar. Devemos Reduzir, Reciclar e Reutilizar.
Contribua:
Não polua;
Tenha o cuidado de não utilizar produtos poluentes;
Beba água e café em copos ou chávenas reutilizáveis;
Reutilize os sacos plásticos do supermercado, ou de preferência, leve um saco ou cesto de casa quando for às compras;
Faça reciclagem;
Use pilhas recarregáveis – até poupa dinheiro;
Imprima documentos somente se necessário – visualize-os no ecrã sempre que possível;
Quando imprimir imprima nos 2 lados da página (se puder);
Se tem jardim, programe a rega para bem cedo, à noite ou ao cair da noite para evaporar menos água (não imagina o que vai poupar em água);
Utilize lâmpadas economizadoras (economizar diz tudo);
Dê as suas roupas velhas e brinquedos (para além de ajudar alguém está a preservar o ambiente);
Desligue as luzes e aparelhos eléctricos quando não os está a utilizar;
Ponha o lixo no lixo e não no chão.
Fale com os outros (habitantes do planeta) se os vir a transgredir – estão a sujar-lhe a casa!
Mário L. Soares
(Madeira - Janeiro de 2009)
Procuro a vida
que sei que tenho,
a mulher que sei que é a minha,
o filho que amo,
o emprego que quero,
o sol que me doura,
a chuva que molha.
Procuro o pássaro
que voa sobre mim,
o brilho de orvalho na manhã,
a penumbra de um fim de tarde,
o calor de uma noite fria,
um refresco no calor de um Verão,
um beijo colorido pelo almoço.
Procuro e não encontro,
Está lá e não está…
Quero o que quero quando quero,
não amanhã, depois de amanhã, depois, depois…
Já não quero. Depois não. Não quero.
Não procuro…
Mário L. Soares
Don't run away,
if you know that
you've got what it takes.
Don't shy away.
Sleep now,
dream here.
And hopefully the night
will release your fear.
There will be tears to shed again.
Time to begin, and time to end.
Baby, and you say I'll be sad,
but that depends.
Baby now,
come on recognize me,
I know that you know my face.
Weren't you the one who told me once you would be there?
And everytime I try to walk away,
you keep me in my place.
I try to break away but I'm much too much too scared.
Yeah, I try to break away but I'm much too much too scared.
Yeahhh...
Think your chance.
Cause life will grant you one
and that's your last.
Baby, don't think too fast.
No, no.
Cause you can't have mine,
cause all I do is move you 'round in time.
Baby, there will be nights to sleep alone.
Time to fight, and time to grow.
Baby, and you say I'll be sad,
but you don't know.
Whoahhh.
Baby now,
come on recognize me,
I know that you know my face.
Weren't you the one who told me once you would be there?
And everytime I try to walk away,
you keep me in my place.
I try to break away but I'm much too much too scared.
Yeah, I try to break away but I'm much too much too scared.
Baby, I try to break away but I'm much too much too scared.
(Baby, I'm much too scared.)
Yeahhh.
Yeah, yeah, yeah.
Yeah, yeah, yeah.
So come on recognize me,
I know that you know my face.
Weren't you the one who told me once you would be there?
And everytime I try to walk away,
you keep me in my place.
I try to break away but I'm much too much too scared.
Yeah, I try to break away but I'm much too much too scared.
Baby now, I try to break away but I'm much too much too scared.
Move you 'round in time.
Move you 'round in time.
Ana Free
Porquê, me pergunto
das questões da vida existenciais.
A razão de ser de coisas banais,
volto e como mais um bocado de presunto…
Indago as causas.
Perscruto no mundo a origem e o caminho,
e bebo com gosto um trago de vinho.
Continuo em frente, agora sem pausas.
Interrogo e tento saber o que é,
sem sentido nenhum,
sem final algum.
O melhor, agora, é beber um café…
Mário L. Soares
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Não asses mais carapaus fritos
PCP - Partido Comunista Português
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